Claramente Maria de Lurdes Rodrigues não esperava a afluência à manifestção de hoje, confesso que nem eu próprio esperava tão grande participação, mas a forma como a Ministra da Educação hoje reagiu em contrataste com a outra mega-manifestação de 8 de Março prova como o governo deixou cair o pé em falso atirando uma ministra para as televisões desorientada com o que se passou.
Há 7 meses Maria de Lurdes Rodrigues tinha-se visivelmente preparado para o embate de 100 mil professores na rua, ficando fechada na 5 de Outubro onde com um discurso cândido foi ao longo do dia recebendo jornalistas para comentar a concentração de docentes. Hoje Maria de Lurdes Rodrigues perdeu o norte e expôs-se em entrevistas em que irritadamente teve toda a postura que alguém que, no mínimo, se queira salvaguardar politicamente não tem. Primeiro uma conferência de imprensa, em que não entendendo que não podia mostrar o ar austero de sempre e terminando com a frase populista: “o pior dia enquanto ministra foi na greve aos exames quando tive que defender o interesse dos alunos”, Maria de Lurdes Rodrigues foi a carrasca dela própria, aumentando revolta dos professores que estavam na rua.
Segue-se uma entrevista na RTP em que no dia em que há 85% de uma classe profissional na rua a ministra firma que este foi um protesto político-partidário, daqui leia-se que Maria de Lurdes Rodrigues acha realista afirmar que há 120 mil pessoas, todos professores, que foram fazer politiquice partidária para a rua, apenas porque o ano de eleições está à porta. Num discurso de vitimização, ao tom, que contra ventos e marés partidárias de professores ela resistirá Maria de Lurdes Rodrigues mostra em todo o seu esplendor como foi absolutamente apanhada de surpresa. Irritadiça, imponderada, irreflectida naquilo que disse ao longo do dia, a habilidade política saiu-lhe totalmente ao lado, chegando mesmo a não assumir como suas as palavras de um seu secretário de estado.
Acabamos o dia com uma entrevista à SIC, em que nos é servido a cereja em cima do disparate político: “se os protestos continuarem, continuarão”.
A manifestção de hoje junta a todos os motivos que haviam para lá estar na antiga manifestação, esse oásis de papel e de inutilidade que é o novo modelo de avaliação. Digo e repito que é necessário um modelo de avaliação, mas não tenho a visão da nossa adorada Ministra que afirma que “não há solução”, solução há e passa por criar uma avaliação centrada na qualidade pedagógica dos conhecimentos que cada professor transmite e não centrada em números, em artifícios ou em cambalhotas estatísticas. A Avaliação dos professores é um processo que há meses está encalhado, com um projecto de base que jamais se adequa uma escola. É verdade que após a manifestação de 8 de Março este documento foi negociado com os Sindicatos, na altura em que os representantes dos professores foram obrigados a algo acordar com a ministra e a ministra com os sindicatos, mas hoje vemos que tal foi apenas e sobretudo o resultado da pressão do momento, os males de base mantém-se e o diploma levado à prática é um caos de ignorância pedagógica sem nome.
Maria de Lurdes Rodrigues e a sua parelha de inconveniente Secretários de Estado ainda não se precederam bem do mar de problemas que à sua volta conseguiram criar, e agora perguntemo-nos no meio dos computadores, de processos de avaliação e de reestruturação de carreiras o que é que este ministério fez o sistema evoluir em matéria estritamente pedagógica (que é que verdadeiramente interessa)? Nada rigorosamente nada.
Os professores, os que conhecem o sistema cansaram-se mais que nunca desta pedagogia de pacotilha, e que há três anos arrasta com as suas políticas a escola pública num calvário de tudo aquilo que não é prioritário. Até hoje não há uma avaliação decente da reforma curricular iniciado há alguns anos, o nível de exigência é o que se conhece, temos todas a s dúvidas sobre a forma como apareceram todos estes cursos profissionais, milhares de professores, os mais experientes, fartam-se de acumular paciência para digerir as normas emanadas pelas inteligências que gravitam em torno da 5 de Outubro. Tempo é perdido, os melhore s vão-se embora, o nada de verdadeiramente material para o sucesso dos alunos é resolvido. Está tudo por fazer!
Há 7 meses Maria de Lurdes Rodrigues tinha-se visivelmente preparado para o embate de 100 mil professores na rua, ficando fechada na 5 de Outubro onde com um discurso cândido foi ao longo do dia recebendo jornalistas para comentar a concentração de docentes. Hoje Maria de Lurdes Rodrigues perdeu o norte e expôs-se em entrevistas em que irritadamente teve toda a postura que alguém que, no mínimo, se queira salvaguardar politicamente não tem. Primeiro uma conferência de imprensa, em que não entendendo que não podia mostrar o ar austero de sempre e terminando com a frase populista: “o pior dia enquanto ministra foi na greve aos exames quando tive que defender o interesse dos alunos”, Maria de Lurdes Rodrigues foi a carrasca dela própria, aumentando revolta dos professores que estavam na rua.
Segue-se uma entrevista na RTP em que no dia em que há 85% de uma classe profissional na rua a ministra firma que este foi um protesto político-partidário, daqui leia-se que Maria de Lurdes Rodrigues acha realista afirmar que há 120 mil pessoas, todos professores, que foram fazer politiquice partidária para a rua, apenas porque o ano de eleições está à porta. Num discurso de vitimização, ao tom, que contra ventos e marés partidárias de professores ela resistirá Maria de Lurdes Rodrigues mostra em todo o seu esplendor como foi absolutamente apanhada de surpresa. Irritadiça, imponderada, irreflectida naquilo que disse ao longo do dia, a habilidade política saiu-lhe totalmente ao lado, chegando mesmo a não assumir como suas as palavras de um seu secretário de estado.
Acabamos o dia com uma entrevista à SIC, em que nos é servido a cereja em cima do disparate político: “se os protestos continuarem, continuarão”.
A manifestção de hoje junta a todos os motivos que haviam para lá estar na antiga manifestação, esse oásis de papel e de inutilidade que é o novo modelo de avaliação. Digo e repito que é necessário um modelo de avaliação, mas não tenho a visão da nossa adorada Ministra que afirma que “não há solução”, solução há e passa por criar uma avaliação centrada na qualidade pedagógica dos conhecimentos que cada professor transmite e não centrada em números, em artifícios ou em cambalhotas estatísticas. A Avaliação dos professores é um processo que há meses está encalhado, com um projecto de base que jamais se adequa uma escola. É verdade que após a manifestação de 8 de Março este documento foi negociado com os Sindicatos, na altura em que os representantes dos professores foram obrigados a algo acordar com a ministra e a ministra com os sindicatos, mas hoje vemos que tal foi apenas e sobretudo o resultado da pressão do momento, os males de base mantém-se e o diploma levado à prática é um caos de ignorância pedagógica sem nome.
Maria de Lurdes Rodrigues e a sua parelha de inconveniente Secretários de Estado ainda não se precederam bem do mar de problemas que à sua volta conseguiram criar, e agora perguntemo-nos no meio dos computadores, de processos de avaliação e de reestruturação de carreiras o que é que este ministério fez o sistema evoluir em matéria estritamente pedagógica (que é que verdadeiramente interessa)? Nada rigorosamente nada.
Os professores, os que conhecem o sistema cansaram-se mais que nunca desta pedagogia de pacotilha, e que há três anos arrasta com as suas políticas a escola pública num calvário de tudo aquilo que não é prioritário. Até hoje não há uma avaliação decente da reforma curricular iniciado há alguns anos, o nível de exigência é o que se conhece, temos todas a s dúvidas sobre a forma como apareceram todos estes cursos profissionais, milhares de professores, os mais experientes, fartam-se de acumular paciência para digerir as normas emanadas pelas inteligências que gravitam em torno da 5 de Outubro. Tempo é perdido, os melhore s vão-se embora, o nada de verdadeiramente material para o sucesso dos alunos é resolvido. Está tudo por fazer!