quarta-feira, 24 de dezembro de 2008

Feliz Natal!


Have yourself a Merry Little Christmas na voz de Diana Krall

terça-feira, 23 de dezembro de 2008

O Sketch do ano!

Sem ele isto seria muito mais chato!


Santana tem qualquer coisa de resistente em si próprio, sobre ele sinceramente já não sei que diga, a verdade é que quem nunca fez outra coisa na vida a não ser político, o que resulta nisto, eternamente em torno de um cargo qualquer que sempre quis, nunca entendendo eu se é mesmo aquilo que ele quer ou se é mais uma qualquer rampa de lançamento para mais um acrobático voo político do nosso Menino Guerreiro.
Entender a escolha de Ferreira Leite para a Câmara de Lisboa é ainda mais difícil, ou se calhar não será dado a espécie de partido que é o PSD, em que entre os que adoraram este regresso de Santana e aqueles que fizeram o sue momento de birra, caso de Pacheco Pereira, Santana está aí de volta. Tudo isto continuaria a ser um capítulo risível da política portuguesa se Santana não tivesse realmente a possibilidade de lá chegar e reganhar a Câmara. A esquerda está ela própria feita em mil pedaços em Lisboa, entre Costa, Ruben de Carvalho e Roseta, que com ou sem Bloco, é praticamente garantido que avança. Apesar da intricada herança que deixou, Santana em campanhas autárquicas é suficientemente habilidoso para derrotar António Costa, que sinceramente não sei se consegue agrupar o voto útil em seu redor.
Interessante torna-se analisar o cenário de vitória de Santana, desde logo pensando no que acontecerá a António Costa. Até agora é sem dúvida o herdeiro natural de Sócrates, mas mão deixa de ser interessante pensar no seu futuro político se a perda de Lisboa se tornar uma pedra no sue sapato. Por sua vez se Costa ganhar que será feito de Santana? ao parlamento não voltará, visto que não poderá integrar as listas, como vereador não terá feitio para tal. Assim a derrota de Santana pode ser definitivamente o caminho aberto para Passos Coelho centrar a alternativa em si e mais afirmativamente trilhar o sue caminho e aparecer depois das legislativas de 2009.
A Câmara de Lisboa é o verdadeiro teste, para a esquerda que tem a prova de mostrar se consegue agregar ou não, para Costa que joga um importante desafio, e para o futuro do PSD que por Lisboa também passará. Cá estaremos para ver! E Já agora alguém lembre a Santana que a Câmara está falida, que não se esqueça disso se para lá voltar.


segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Piroso mais piroso era díficil



Em estilo musical e La Feria, abrilhantado com Barbara Guimarães no final, em tempos de crise em que buracos negros como Madoff aparecem, aqui está ele, o BCP, forte contra ventos e tormentas, disposto a enfrentar os tempos tortuosos que se avizinham.
Sem comentários seria o melhor comentário a este anúncio que pode entrar para a galeria dos priores de sempre, talvez em anexo a esta aberração seria interessante colocar um gráfico coma evolução das cotações do BCP no último ano e meio, ou talvez relembrar os famosos casos que supostamente envolvem administrações anteriores.
A crise tem mesmo este condão de coisas extraordinárias produzir!

E tudo na mesma continua

Um mês passou e Ministério da Educação e sindicatos na mesma ficaram, no meio de tudo, de tanta avaliação e estatuto tantas vezes discutido, e sobre os quais já disse tanto que não vale a pena repetir-me apenas vou parafrasear algo que a jornalista Helena Matos há pouco tempo disse e não podia ser mais verdade: “que assuntos verdadeiramente pedagógicos discutiu este Ministério durante estes anos?” Cada um que fique com a pergunta e depressa se lembrará de um Ministério agarrado a reformas administrativas intermináveis, sem um único avanço pedagógico concreto, esses sim que são capazes de melhorar o sucesso escolar. A avaliação da reforma curricular continua por fazer, ninguém avaliou a qualidade dos exames, assuntos verdadeiramente de EUCAÇÃO perdidos neste marasmo de discussões fratricidas em que o sector anda afundado.

A cambalhota

Desde já declaração de princípios, não parti para Marte, onde decerto que não há crise financeira, nem me evaporei da superfície terrestre, a ausência de mais de um mês do Terra de Ninguém chega finalmente ao fim. Lendo os posts que há aqui há um m mês deixei fico com aquela sensação que muitas surpresas nos estavam reservada para o final do ano deixou um mês de Novembro e de Dezembro cheio de acontecimentos por onde espremer.
Há um mês Obama era eleito, entretanto a euforia passou, a equipa está formada e esperando estamos, enquanto assistimos ao epitáfio de Bush em forma de sapatadas em versão de belos arremessos.
A crise que se adivinhava há um mês tornou-se o nevoeiro não só do próximo ano, mas de um horizonte indefinido, numa bruma económica muito de difícil de entender quando acabar. Em um mês os planos de salvamento económico reproduziram-se a uma velocidade estonteante, as companhias de alarme do Estado Salvador tocaram. Indústria automóvel estagnada, empresas sem empréstimos, bancos que empréstimos pedem, mas empréstimos não dão, tornando o investimento económico estagnado. O horizonte para 2009 promete consumo inexistente, ajudado pelo aumento do desemprego, investimento não pode haver, as empresas não têm liquidez para o fazer e os bancos tentam somente tapar as perdas colossais dos últimos tempos. Sem consumo, sem capacidade de aumentar exportações sem investimento privado a actividade económica não tem por onde crescer, restando o investimento público, deixando a dúvida se a longo prazo alguns efeitos dele podem surgir, ou se apenas conseguem aguentar o barco nos tempos mais próximos.
Em um mês a recessão instalou-se, Sócrates tornou-se repentinamente de esquerda, Augusto Santos Silva, o nosso Ministro do “Jornalismo de sargenta “ até já cita Marx na televisão (deve ter andado a tirar o pó dos livros). Num mês o mundo deu uma cambalhota, os que antes não tinham ideologia passaram a ter, o Estado tornou-se o melhor amigo de muitos Simplesmente a cambalhota!