Está aberto desde o início do ano o concurso para quem consegue caracterizar com a melhor frase o dantesco ano que parece que este vai ser, até agora confesso que gosto especialmente do “Cabo das tormentas” de Sócrates. O nome pode ser epopeico, mas a epopeia de hoje parece ser aguentar todo um pais que pode ver uma sua grande fatia afundar-se no desemprego (especialmente em desemprego de muitos que são novos para se reformar e velhos demais para um mercado de trabalho em crise), e assim na miséria daqueles que não aguentarão as despesas e encargos de um dia a dia que não saberão gerir.
A reportagem da revista do DN do passado fim-de-semana é absolutamente assustadora, como afirma Isabel Jonet, responsável do Banco Alimentar contra a Fome, nessa mesma reportagem, Portugal apresenta cada vez sinais não de “atraso, mas de subdesenvolvimento”, os números que por ela são apresentadas são um reflexo que nenhuma estatística pode escamotear ou esconder a realidade de facto. Num ano o Banco Alimentar contra fome passou do apoio a 200 mil famílias para as 250 mil, muitas instituições de solidariedade ameaçam a ruptura completa, agora que a mão antes amiga das empresas começa a escorregar puxadas pelas contabilidade rígida de empresas, elas próprias perante uma crise que não entendem e para a qual não estavam preparadas.
O cenário que nos desenham instituições internacionais promete-nos uma crise até 2010/2011, até lá que fazer a esta massa de muitos que à pobreza chegam? A verdade é que o Estado terá irremediavelmente que os apoiar, para não mergulharmos num período social ainda mais complicado. Mas pensemos no pós-crise, quando a recessão começar, levemente, a passar, nessa altura estaremos de novo, muito provavelmente, com um alto défice, entretanto lá avançaram umas tantas obras que podem endividar ainda mais o Estado e resta perguntar se nessa altura voltamos à estaca zero? Ou seja parece que nessa altura poderemos estar confinados, de novo, ao discurso do défice alto, do apertar do cinto e do novo toque para reorganizar as constas públicas. Será que temos que estar sempre presos neste ciclo sem fim?
A reportagem da revista do DN do passado fim-de-semana é absolutamente assustadora, como afirma Isabel Jonet, responsável do Banco Alimentar contra a Fome, nessa mesma reportagem, Portugal apresenta cada vez sinais não de “atraso, mas de subdesenvolvimento”, os números que por ela são apresentadas são um reflexo que nenhuma estatística pode escamotear ou esconder a realidade de facto. Num ano o Banco Alimentar contra fome passou do apoio a 200 mil famílias para as 250 mil, muitas instituições de solidariedade ameaçam a ruptura completa, agora que a mão antes amiga das empresas começa a escorregar puxadas pelas contabilidade rígida de empresas, elas próprias perante uma crise que não entendem e para a qual não estavam preparadas.
O cenário que nos desenham instituições internacionais promete-nos uma crise até 2010/2011, até lá que fazer a esta massa de muitos que à pobreza chegam? A verdade é que o Estado terá irremediavelmente que os apoiar, para não mergulharmos num período social ainda mais complicado. Mas pensemos no pós-crise, quando a recessão começar, levemente, a passar, nessa altura estaremos de novo, muito provavelmente, com um alto défice, entretanto lá avançaram umas tantas obras que podem endividar ainda mais o Estado e resta perguntar se nessa altura voltamos à estaca zero? Ou seja parece que nessa altura poderemos estar confinados, de novo, ao discurso do défice alto, do apertar do cinto e do novo toque para reorganizar as constas públicas. Será que temos que estar sempre presos neste ciclo sem fim?
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