Afinal a resposta é fácil, basta distribuir 200 euros por cada novo filho, dinheiro atenção entregue ao fim de 18 anos! Alguém no PS se deve ter esquecido que há uma coisa chamada taxa de inflação e quando o agora adorável bebé for mais espigadote e chegar à idade adulta os 200 € servirá, quanto muito, para uma cerveja e um pacote de amendoins.
Andávamos todos à espera dos programas eleitorais, eles aí estão, com propostas de cortar a respiração de tão inspiradas que são!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Sócrates julga que encontrou a resposta para Cavaco
Não há nada melhor para curar a gripe que uma poncha!
domingo, 5 de julho de 2009
Que medo!
Um epitáfio!
Pinho marcou a semana, quer pelos papéis rasgados em plena entrevista televisiva ao momento ribatejano na assembleia, que até lhe valeu uma crónica na última página do el país de sábado em que consideravam que o nosso antigo ministro seria entronizado nas ruas do país vizinho com o cognome e cito “¡ Torero, intelectual!”, Pinho enganou-se na fronteira e como o jornal diz no parlamento e o gesto irreflectido custou-lhe o cargo. Sobre este requintado momento da política à portuguesa, nada mais a dizer.
Consta contudo que o Debate tratava da Nação, algo que entretanto não foi muito falado. No discurso de balanço Sócrates esqueceu a avaliação de professores (curioso), as reformas na saúde (muito curioso!), debruçou-se no Magalhães, no plano tecnológico e passados todos aqueles minutos de discurso ficava a saber a pouco, num balanço esforçado que tentava espremer e assinalar as mais pequenas medidas. De Sócrates fica uma consolidação Orçamental jamais acabada, sem dúvida feita à custa de sacrifícios que fizeram desta década negra para a convergência portuguesa com a Europa. Ao contrário do que Sócrates diz ninguém o acusa das causas crise, mas acusam-no, e bem, de a ter subestimado até muito tarde, de ter tido um ministro da economia que anunciou a retoma (mais um anúncio da chegada dessa aguardada e nobre senhora), de um ministro das finanças que só muito tarde admitiu todo um novo cenário, de um PS que se descontrolou perante a nova realidade e um conjunto de medidas que ninguém ainda sentiu que tenham provocado substanciais inflexões do ciclo negativo, sobretudo do desemprego. Mas se a crise tramou o final de mandato de Sócrates, e fê-lo de facto, então perguntemo-nos se Sócrates nos deixou mais preparados para o depois da crise ou deixou um país mais resistente às crises que hão de vir. Ora aqui está a essência, a estas perguntas a resposta é não. O Sistema de Segurança Social reformando, como já aqui uma vez escrevi ameaça uma pauperização futura de uma importante franja do país, os portugueses não estão a mais instruídos, podemos ter os centros Novas Oportunidades a abarrotar, mas isto está muito longe do que é uma educação ou formação ditado por um modelo de qualificação ocidental, as empresas não estão mais competitivas na maioria dos sectores. A verdade é que hoje o país não está mais forte nem mais preparado para um período pós-crise em que o discurso do défice voltará e o país continuará emaranhado no debate das grandes públicas, sem que nada de substantivo se decida. Sócrates não inflectiu o ciclo nem mudou o horizonte para os próximos anos, a verdade é que o horizonte hoje em 2009 é bastante mais negro que aquele existente em 2005, um horizonte em que a palavra “recuperação” parece perdida e difícil de encontrar.
A isto junta-se um primeiro-ministro que perdeu todo o momento político numa difícil espiral desde a derrota nas europeias. Talvez aquele gesto fosse um conselho de pinho: Sócrates precisa de se deixar de fantasias ou eufemismos baratos sobre o verdadeiro Estado da Nação, no fundo Sócrates precisa de pegar o país pelos cornos!
Consta contudo que o Debate tratava da Nação, algo que entretanto não foi muito falado. No discurso de balanço Sócrates esqueceu a avaliação de professores (curioso), as reformas na saúde (muito curioso!), debruçou-se no Magalhães, no plano tecnológico e passados todos aqueles minutos de discurso ficava a saber a pouco, num balanço esforçado que tentava espremer e assinalar as mais pequenas medidas. De Sócrates fica uma consolidação Orçamental jamais acabada, sem dúvida feita à custa de sacrifícios que fizeram desta década negra para a convergência portuguesa com a Europa. Ao contrário do que Sócrates diz ninguém o acusa das causas crise, mas acusam-no, e bem, de a ter subestimado até muito tarde, de ter tido um ministro da economia que anunciou a retoma (mais um anúncio da chegada dessa aguardada e nobre senhora), de um ministro das finanças que só muito tarde admitiu todo um novo cenário, de um PS que se descontrolou perante a nova realidade e um conjunto de medidas que ninguém ainda sentiu que tenham provocado substanciais inflexões do ciclo negativo, sobretudo do desemprego. Mas se a crise tramou o final de mandato de Sócrates, e fê-lo de facto, então perguntemo-nos se Sócrates nos deixou mais preparados para o depois da crise ou deixou um país mais resistente às crises que hão de vir. Ora aqui está a essência, a estas perguntas a resposta é não. O Sistema de Segurança Social reformando, como já aqui uma vez escrevi ameaça uma pauperização futura de uma importante franja do país, os portugueses não estão a mais instruídos, podemos ter os centros Novas Oportunidades a abarrotar, mas isto está muito longe do que é uma educação ou formação ditado por um modelo de qualificação ocidental, as empresas não estão mais competitivas na maioria dos sectores. A verdade é que hoje o país não está mais forte nem mais preparado para um período pós-crise em que o discurso do défice voltará e o país continuará emaranhado no debate das grandes públicas, sem que nada de substantivo se decida. Sócrates não inflectiu o ciclo nem mudou o horizonte para os próximos anos, a verdade é que o horizonte hoje em 2009 é bastante mais negro que aquele existente em 2005, um horizonte em que a palavra “recuperação” parece perdida e difícil de encontrar.
A isto junta-se um primeiro-ministro que perdeu todo o momento político numa difícil espiral desde a derrota nas europeias. Talvez aquele gesto fosse um conselho de pinho: Sócrates precisa de se deixar de fantasias ou eufemismos baratos sobre o verdadeiro Estado da Nação, no fundo Sócrates precisa de pegar o país pelos cornos!
Meus caros a matéria-prima não é bem a mesma!
Consta que o PS está fascinado pelo mundo Obama e já tratou de trazer uns tantos profissionais da campanha presidencial americana para ajudar no site de Sócrates e puxar pela imagem do nosso José. O PS esqueceu-se de um pequeno e importante pormenor, os profissionais podem ser bons mas estão manifestamente a lidar com uma base de trabalho completamente diferente.
Na campanha presidencial Americana Obama adoptou claramente um estilo de comício que o PS tentou importar experimentalmente para as europeias. Mas enquanto em Obama aquilo parecia credível, audível e cativante, na campanha socialista com Sócrates, mas sobretudo com essa força mobilizadora chamada Vital Moreira, parecia e era tudo demasiado falso, maquinado, estranho. A embalagem até pode ser bonita mas quando lhe falta conteúdo pouco salva a aparência.
A verdade é que enquanto Obama era chegado de novo, fresco de ideias e de forma, Sócrates passou por 4 anos de profundo desgaste e chega às legislativas em pior estado que nunca.
É bom que os “conselheiros de Obama” se apercebam que em Portugal jamais poderão fazer um site como o do presidentes americano que angariava fundos infinitos, mobilizava voluntários (milhares deles), organizava eventos, acções de campanha. O site de Sócrates parece-me que não passará dos supostas respostas do primeiro-ministro às perguntas dos cidadãos, um belo espectáculo muito bem montado.
Na campanha presidencial Americana Obama adoptou claramente um estilo de comício que o PS tentou importar experimentalmente para as europeias. Mas enquanto em Obama aquilo parecia credível, audível e cativante, na campanha socialista com Sócrates, mas sobretudo com essa força mobilizadora chamada Vital Moreira, parecia e era tudo demasiado falso, maquinado, estranho. A embalagem até pode ser bonita mas quando lhe falta conteúdo pouco salva a aparência.
A verdade é que enquanto Obama era chegado de novo, fresco de ideias e de forma, Sócrates passou por 4 anos de profundo desgaste e chega às legislativas em pior estado que nunca.
É bom que os “conselheiros de Obama” se apercebam que em Portugal jamais poderão fazer um site como o do presidentes americano que angariava fundos infinitos, mobilizava voluntários (milhares deles), organizava eventos, acções de campanha. O site de Sócrates parece-me que não passará dos supostas respostas do primeiro-ministro às perguntas dos cidadãos, um belo espectáculo muito bem montado.
Quando o descaramento não tem preço
Manter o sistema de avaliação simplificado? Rever o sistema de cotas? Maria de Lurdes Rodrigues enganou-se, não está a lidar com uma classe de broncos que se fascinam com rebuçados amargos no final de quatro anos de asneiras. A ministra entendeu bem que dois dos os principais responsáveis pela derrota do PS nas eleições europeias estavam naquela sala do Altis. Um era candidato e ruma agora para Bruxelas de seu nome Correia de Campos, a outra era ela mesma entrando do hotel abalroando jornalistas sempre naquele estilo seu conhecido e chama-se. Promessas vácuas em tom de salvação a menos de três meses de legislativas já de nada servem!
quinta-feira, 2 de julho de 2009
O Portugalinho depois das Europeias
Parece que este vai ser um Verão Quente, com bolhas de efervescência entre o animal feroz que amansou o espírito e a bruxa má que se tornou a fada do poder para um partido que volta a correr para a São Caetano, agora que o vento fez chegar para aqueles lados o sempre mobilizador e refrescante cheiro do poder. O blog que aqui deixei há quatro meses reflectia um país bem diferente daquele que se prepara com um poderoso shot de duas eleições seguidas.
Neste tempo que passou que aconteceu ao Sócrates que ia à assembleia e tudo à frente varria? Que é dessa máquina que tudo controlava e que agora se vê aflita em cima das eleições? Desde logo Sócrates está a perder o combate à crise, perde porque Portugal é o país com mais encerramento de empresas em toda a Europa, porque tem um desemprego que pode chegar aos 11% para o ano de 2010 e perde porque os Portugueses podem não saber as estatíticas da crise, mas compreendem cada vez menos como dela poderão sair. E esta não compreensão reflecte-se no profundo sentimento de injustiça que hoje domina, materializada por casos como o BPP ou BPN que deixam qualquer um pasmado, que mostram o papel de salvador do estado, em particular no caso BPN, mas que deixam uma massa de bolsos vazios incrédula e abismada com o fosso entre as diversas fatias do país, um fosso mostrando ainda mais em todo o seu esplendor num momento destes.
Sócrates prova todo o seu veneno que foi acumulando ao longo de quatro anos, com um discurso peseudo-anticoorporações. Os privilegiados que ele tanto apregoava no passado são exactamente os eleitores que agora lhe escorregam entre os dedos: professores, polícias, enfermeiros. Os mesmos que foram esvaziados durante três anos e que chegaram a esta crise com piores perspectivas do que aquelas que possuíam quando Sócrates chegou ao poder. Este era o eleitorado base e histórico do PS perdido até não se sabe quando deixando agora o partido nas mãos do eleitorado mais que volátil do centrão. Em quatro anos Sócrates atirou pela janela trinta anos de eleitorado relativamente fiel, um autêntico feito político!
O centrão perdeu a fé em Sócrates e virou-se para Ferreira Leite, mesmo que ela não articule uma medida, fala, e bem, não o refuto, do endividamento sufocante do país, mas mesmo depois de uma entrevista em que quem se tornou pelo menos um “animalzinho feroz”, não entendi, minimamente, que pensa ela ou que julga poder fazer para o problema resolver.
Se de um lado temos um primeiro-ministro que todo o poder teve e todo o poder deixa agora esvair do outro temos uma líder do PSD que por enquanto está convencida que pronunciar a palavra “Verdade” formula um qualquer programa de governo.
É o Portugalinho em tempo de crise, ou seja o Portugalinho igual a si próprio e no seu estado crónico e permanente da última década: em crise e sem respostas, não é uma fatalidade, é um facto!
Sócrates prova todo o seu veneno que foi acumulando ao longo de quatro anos, com um discurso peseudo-anticoorporações. Os privilegiados que ele tanto apregoava no passado são exactamente os eleitores que agora lhe escorregam entre os dedos: professores, polícias, enfermeiros. Os mesmos que foram esvaziados durante três anos e que chegaram a esta crise com piores perspectivas do que aquelas que possuíam quando Sócrates chegou ao poder. Este era o eleitorado base e histórico do PS perdido até não se sabe quando deixando agora o partido nas mãos do eleitorado mais que volátil do centrão. Em quatro anos Sócrates atirou pela janela trinta anos de eleitorado relativamente fiel, um autêntico feito político!
O centrão perdeu a fé em Sócrates e virou-se para Ferreira Leite, mesmo que ela não articule uma medida, fala, e bem, não o refuto, do endividamento sufocante do país, mas mesmo depois de uma entrevista em que quem se tornou pelo menos um “animalzinho feroz”, não entendi, minimamente, que pensa ela ou que julga poder fazer para o problema resolver.
Se de um lado temos um primeiro-ministro que todo o poder teve e todo o poder deixa agora esvair do outro temos uma líder do PSD que por enquanto está convencida que pronunciar a palavra “Verdade” formula um qualquer programa de governo.
É o Portugalinho em tempo de crise, ou seja o Portugalinho igual a si próprio e no seu estado crónico e permanente da última década: em crise e sem respostas, não é uma fatalidade, é um facto!
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