Parece que este vai ser um Verão Quente, com bolhas de efervescência entre o animal feroz que amansou o espírito e a bruxa má que se tornou a fada do poder para um partido que volta a correr para a São Caetano, agora que o vento fez chegar para aqueles lados o sempre mobilizador e refrescante cheiro do poder. O blog que aqui deixei há quatro meses reflectia um país bem diferente daquele que se prepara com um poderoso shot de duas eleições seguidas.
Neste tempo que passou que aconteceu ao Sócrates que ia à assembleia e tudo à frente varria? Que é dessa máquina que tudo controlava e que agora se vê aflita em cima das eleições? Desde logo Sócrates está a perder o combate à crise, perde porque Portugal é o país com mais encerramento de empresas em toda a Europa, porque tem um desemprego que pode chegar aos 11% para o ano de 2010 e perde porque os Portugueses podem não saber as estatíticas da crise, mas compreendem cada vez menos como dela poderão sair. E esta não compreensão reflecte-se no profundo sentimento de injustiça que hoje domina, materializada por casos como o BPP ou BPN que deixam qualquer um pasmado, que mostram o papel de salvador do estado, em particular no caso BPN, mas que deixam uma massa de bolsos vazios incrédula e abismada com o fosso entre as diversas fatias do país, um fosso mostrando ainda mais em todo o seu esplendor num momento destes.
Sócrates prova todo o seu veneno que foi acumulando ao longo de quatro anos, com um discurso peseudo-anticoorporações. Os privilegiados que ele tanto apregoava no passado são exactamente os eleitores que agora lhe escorregam entre os dedos: professores, polícias, enfermeiros. Os mesmos que foram esvaziados durante três anos e que chegaram a esta crise com piores perspectivas do que aquelas que possuíam quando Sócrates chegou ao poder. Este era o eleitorado base e histórico do PS perdido até não se sabe quando deixando agora o partido nas mãos do eleitorado mais que volátil do centrão. Em quatro anos Sócrates atirou pela janela trinta anos de eleitorado relativamente fiel, um autêntico feito político!
O centrão perdeu a fé em Sócrates e virou-se para Ferreira Leite, mesmo que ela não articule uma medida, fala, e bem, não o refuto, do endividamento sufocante do país, mas mesmo depois de uma entrevista em que quem se tornou pelo menos um “animalzinho feroz”, não entendi, minimamente, que pensa ela ou que julga poder fazer para o problema resolver.
Se de um lado temos um primeiro-ministro que todo o poder teve e todo o poder deixa agora esvair do outro temos uma líder do PSD que por enquanto está convencida que pronunciar a palavra “Verdade” formula um qualquer programa de governo.
É o Portugalinho em tempo de crise, ou seja o Portugalinho igual a si próprio e no seu estado crónico e permanente da última década: em crise e sem respostas, não é uma fatalidade, é um facto!
Sócrates prova todo o seu veneno que foi acumulando ao longo de quatro anos, com um discurso peseudo-anticoorporações. Os privilegiados que ele tanto apregoava no passado são exactamente os eleitores que agora lhe escorregam entre os dedos: professores, polícias, enfermeiros. Os mesmos que foram esvaziados durante três anos e que chegaram a esta crise com piores perspectivas do que aquelas que possuíam quando Sócrates chegou ao poder. Este era o eleitorado base e histórico do PS perdido até não se sabe quando deixando agora o partido nas mãos do eleitorado mais que volátil do centrão. Em quatro anos Sócrates atirou pela janela trinta anos de eleitorado relativamente fiel, um autêntico feito político!
O centrão perdeu a fé em Sócrates e virou-se para Ferreira Leite, mesmo que ela não articule uma medida, fala, e bem, não o refuto, do endividamento sufocante do país, mas mesmo depois de uma entrevista em que quem se tornou pelo menos um “animalzinho feroz”, não entendi, minimamente, que pensa ela ou que julga poder fazer para o problema resolver.
Se de um lado temos um primeiro-ministro que todo o poder teve e todo o poder deixa agora esvair do outro temos uma líder do PSD que por enquanto está convencida que pronunciar a palavra “Verdade” formula um qualquer programa de governo.
É o Portugalinho em tempo de crise, ou seja o Portugalinho igual a si próprio e no seu estado crónico e permanente da última década: em crise e sem respostas, não é uma fatalidade, é um facto!
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