domingo, 1 de fevereiro de 2009

A geração da meia idade

É um dos reflexos da crise, na base da pirâmide estão os mil euristas e mais acima aqueles que começam a formar um autêntico exército, os reformados acabados de chegar à meia-idade. Longe do que pensariam que seria o limiar para casa vir com os papéis arrumados, são uma solução fácil para empresas que assim evitam o despedimento, gastam em indemnizações e a longo prazo poupam, e muito, em salários.
Uma geração inteira atirada o mais cedo possível para a reforma, mas vejamos as contradições de tudo isto. Ao mesmo tempo que o sector privado adianta as reformas a muitos dos seus quadros, por sua vez o Estado estica ao máximo o limite das reformas no sector público, aplicando-o a todas as carreiras indiscriminadamente, como se todas fossem iguais, como se o Estado não tivesse ele próprio uma infinidade de diferentes carreiras. Por um lado uns a atirar pela janela aqueles que supostamente mais experiência têm por outro um Estado que espera ter funcionários a arrastarem-se pelos corredores para todo o sempre, a dicotomia no seu melhor!
Entre todos um batalhão de funcionários públicos, fartos cansados de tanto disparate e asneira, basta olhar para o caso dos professores que vêem que nada ganham em ficar a aturar as loucuras de um qualquer ministério que mesmo que efémero muita moça vai causando.
Entretanto como fosse a coisa mais natural do mundo o país atira assim ao vento os que deveriam, ou supostamente eram os seus quadros mais qualificados, mas com isso ninguém se parece importar muito.

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