segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

Se o ridículo matasse

Não é anedota, não é um mau e barato filme de terror, mas Valter Lemos o nosso anafado Secretário de Estado da Educação deu-me uma noite de riso do melhor.
Depois de criar todas as condições para mandar umas enormes formadas de professores para a reformar, sendo aqueles que supostamente à escola mais faziam falta, o mesmo ministério que lhes abriu a porta de saída vem pedir que estes mesmos professores voltem à escola como….voluntariados. É mesmo verdade, não se trata de humor negro ou da ironia pouco refinada de Valter Lemos, é de uma displicência, de uma hipocrisia vir agora com o discurso do voluntario sobre aqueles que o ministério dispensou a todo o vapor. Vejamos se nos entendemos o ministério quis livrar-se dos professores, mas precisava deles, e agora quere-los na escola como voluntários. Complicado? Parece mas é a coisa mais óbvia do mundo para o nosso brilhante Ministério da Educação.
Delirante é ver a lista de tarefas que estes “voluntários” podem fazer na escola, autenticas funções de professor cobertas com o eufemismo de “voluntário”.
Muito gozo isto provoca, enquanto rimos escondemos a tristeza absoluta de um ministério que se acha capaz de ter o desplante e a vergonha, não há mesmo outra expressão, de emitir um projecto de despacho como este.

Sem comentários: