sábado, 14 de junho de 2008

Afinal que modelo de desenvolvimento?

Vi há pouco Mário Lino frente aos microfones a fazer contas de cabeças em que na sua parcela, de somar claro, juntava alegremente uma série de dezenas e centenas de milhões de euros que ao todo juntam o bonito valor de 1200 milhões de euros, isto pelas palavras o nosso Ministro das obras Públicas.
Ora até há bem pouco tempo atrás o mote era investimento em tecnologia, em especialização, em economia competitiva, mas agora parece que virámos de novo para o betão.
Esta semana Manuela Ferreira Leite também apareceu muito indignada com os investimentos em obras públicas, algo interessante para quem foi Ministra de Cavaco. De facto o investimento em obras públicas enche a vista, mas tem resultados concretos com um prazo de validade bem curto, demasiado curto, mas isto não significa que o investimento público seja todo mau, pelo contrário num país em que o investimento privado parece que estagnou por tempo indeterminado. O problema é que o investimento público dos últimos largos anos dedica-se a rasgar o país de estradas, pontes e viadutos, antes de o rasgar de sucesso escolar sério e de uma rede social digna desse nome. Mas parece que todas estas estradas são uma necessidade premente, e lá irão mais uns quantos milhões a toda a velocidade espatifarem-se numa auto-estrada qualquer.

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