sábado, 14 de junho de 2008

Fortalecer o modelo Europeu ou a caminhar para o modelo Chinês?


As 60 horas de trabalho que alguns fizeram aprovar na União é o símbolo da contradição de tudo o que se tem dito e apregoado nos últimos anos. Até há bem pouco tempo a Europa, para responder, aos novos concorrentes devia caminhar para a Economia altamente qualificada, de produtos de qualidade e que continuaria a ter por base o mínimo dos modelos sociais. Mas afinal não, a preferência passou a ser o modelo Chinês, ou das novas potências que nos fazem comichão: trabalhar muito, trabalhar demais. As 60 horas de trabalho são uma enorme marcha-atrás.
É o voltar aos modelos da Europa de início de século XX, em que se trabalhava muito, ganhava-se mal e as desigualdades cresciam. Mas o que não se compreende de todo é que vantagem comparativa a Europa tem em adoptar este sistema. Se comparáramos um trabalhador Europeu que trabalhe 12 horas com um chinês que trabalhe asm mesmas doze horas, mesmo assim, qual é que custará menos ao patrão? Não é difícil adivinhar qual, para além que custa a acreditar que é o tipo de produção chinesa que a Europa quer, é para aquilo que queremos caminhar?
Os discursos sobre os desafios da Globalização parecem agora, ao longe, palavras de circunstância, voltámos aos modelos de outros tempos, convencidos, mal convencidos, que assim seremos mais produtivos. Mas os Europeus parecem não estar assim com tanta vontade de rasgar os contratos sociais que existem, prova disso é o resultado do referendo na Irlanda, pode ser que o aviso tenha ficado, mas duvido que sim.

2 comentários:

Anónimo disse...

Então o blogue morreu ? Não há uma actualização na idade adulta ?

Bjs

LC

Pedro Freitas disse...

Longe disso meu querido LC, o blog não morreu, e a vontade de postar não tem faltado nos últimos dias, o tempo para o fazer, é que tem sido, infelizmente, nenhum. Desventuras de aluno em vésperas de exames, sobram poucos momentos para dedicar ao prazer que é escrever no blog.

Com a promessa de voltar muito muito breve

Pedro Freitas