Ontem pus-me a ouvir o debate das quintas-feiras na RTP, que contava com o Ministro das frases infelizes: Augusto Santos Silva. Ouvir o debate entre PS e PSD começa a ficar extraordinariamente cansativo. Há dias no parlamento o grande centro da discussão entre Santana e Sócrates era debater o número de pobres quando um e outro estavam no governo. Para além de tornar a pobreza um assunto de disparo de politiquice barata, Sócrates argumentava segundo aquela ideia iluminada: em 2004 haviam 900 mil a viver com menos de 10 euros por dia, mas isso foi em 2004, porque mal eu assinei por baixo da acta da tomada de posse o país metamorfoseou-se, deu uma volta de 180º, e mudou para algo muito melhor e esses pobres, já não são. Ridículo! Mas é a este nível que está o debate, todos chutam as chutam as culpas para o próximo, para o anterior, ou para o que há de vir. Ontem no tal debate da RTP, Nuno Melo do CDS, citou Sócrates em 2005 quando se revoltava com a taxa de desemprego que era de 7,1%, agora é de 7,6% e lá veio Marcos Pestrelo dizer que no Governo de Durão o desemprego subiu muito mais, que no governo de Sócrates… enfim aquela discussão que está a tornar o debate entre PS, PSD e CDS, um anedotário, para todos os outros são os grandes responsáveis, quando todos pisaram os pés na carpete do poder nestes últimos anos.
A política Portuguesa às vezes parece a política do rotativismo do sol posto da monarquia, dois partidos sem grande diferença, agora na era Sócrates, cada vez mais sem muito a acrescentar um ao outro, ambos com culpas na situação a que miseravelmente chegados e e que se digladiam a ver se no mês em que entraram ou saíram do governo o indicador A ou B mudou alguma coisa, convencidos que têm grandes clivagens quando não passam de um deserto ideológico.
Há cem anos estes partidos chamavam-se Progressista e Regenerador, hoje chamam-se PS e PSD, ambos se vão alternando no poder, vivem momentos melhores e outros piores. Enfim, há mesmo coisas que a História não muda!
A política Portuguesa às vezes parece a política do rotativismo do sol posto da monarquia, dois partidos sem grande diferença, agora na era Sócrates, cada vez mais sem muito a acrescentar um ao outro, ambos com culpas na situação a que miseravelmente chegados e e que se digladiam a ver se no mês em que entraram ou saíram do governo o indicador A ou B mudou alguma coisa, convencidos que têm grandes clivagens quando não passam de um deserto ideológico.
Há cem anos estes partidos chamavam-se Progressista e Regenerador, hoje chamam-se PS e PSD, ambos se vão alternando no poder, vivem momentos melhores e outros piores. Enfim, há mesmo coisas que a História não muda!
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