sexta-feira, 6 de junho de 2008

A Democracia Americana


Estamos a horas de assistir ao “The end” das primárias democratas com a desistência de Hillary. Há uns dias quando ouvia na televisão a reportagem sobre o epitáfio de Hillary e a vitória de Obama alguém me lembrou como em 200 anos os Estados Unidos Saltaram da escravatura para a eminência de ter um presidente negro. E isso faz pensar como, por muito que digam o contrário, os Estados Unidos continuam a ser uma grande democracia. Nos últimos anos durante aventura texana de Bush na Casa Branca fomos invadidos de discursos anti-americanos, mas esses discursos eram e são, ou pelo menos devem ser, sobretudo discursos anti-bush, não contra uma América que podemos apelidar de conservadora e retrógrada, como de facto é em muitos Estados, com um sistema de votação arcaico ou um sistema de saúde longe doa aceitável para os Europeus, mas olhando para esta campanha entendemos como a democracia Americana respira muito daquilo em que as democracias europeias continuam tão fechadas sobre si mesmas. Desde logo o sentido profundo de comunidade que ali existe, a política feita em trono de comunidades, o dinheiro de campanha suplicado pelos candidatos dado pelos cidadãos comuns que juntos acumulam centenas de milhões de dólares. O debate parece de facto chegar aos Americanos, uma política que apesar de ser um país tão grande parece tantas vezes mais próxima das pessoas que deste lado do atlântico, as campanhas de Hillary e Obama mostraram isso mesmo, agressividade, debate, ideias que podemos ali absorver.
A América é ainda a terra das oportunidades onde Obama o neto do pastor Queniano pode chegar a Presidente, e isso é que faz verdadeiramente o que ele é, a materialização do verdadeiro sonho americano e foi isso reflectido em Obama que o fez ganhar o voto negro que era de Hillary, fulcral para ganhar estas primárias


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