Ao ver as imagens de hoje de camionistas nervosos, estradas semi-cortadas e mercadorias acantonadas à beira das auto-estradas, veio-me à cabeça aquele relatório da SEDES que há uns meses nos avisava para uma crise social para breve em Portugal. Não podemos dizer que já chegámos a tanto mas a situação que hoje se espelhou nas estradas mostra uma realidade que parece ter muito pouco de conjuntural e muito de estrutural
Muitas destas empresas de camionagem são pequenas e médias empresas, aquele tipo de empresas que são a maioria em Portugal mas que produzem pouco em relação às grandes empresas que correspondem a uma ínfima parte do todo, mas onde se concentra um grande parte da riqueza que se gera. As pequenas e médias empresas são tantas vezes as exprimidas e mais expostas em altura de crise, e as de camionagem, numa altura de estagnação económica nacional e crise petrolífera internacional foram as primeiras dar sinal do sufoco de um garrote que não podem mais apertar
Muitas destas empresas de camionagem são pequenas e médias empresas, aquele tipo de empresas que são a maioria em Portugal mas que produzem pouco em relação às grandes empresas que correspondem a uma ínfima parte do todo, mas onde se concentra um grande parte da riqueza que se gera. As pequenas e médias empresas são tantas vezes as exprimidas e mais expostas em altura de crise, e as de camionagem, numa altura de estagnação económica nacional e crise petrolífera internacional foram as primeiras dar sinal do sufoco de um garrote que não podem mais apertar
Mas tudo isto não se resolverá de um dia para o outro, longe disso, a dependência Portuguesa de transportes rodoviários de mercadorias é um facto que não se poderá alterar por artes mágicas, e o petróleo também não descerá par os níveis de há uns anos, nem as taxas de juro cairão de repente. São as preversas inevitabilidades do mercado que resignamente parecermos aceitar. "É a economia, estúpido!"
Resta saber se os camionistas, já com situações financeiras longe da solidez, serão capazes de aguentar a greve durante muito tempo, se o conseguirem aí sim pode gerar-se uma crise de escassez bem mais grave e aí ficaremos a saber se Sócrates é apenas o primeiro-ministro de quando as coisas correm menos mal, ou será alguma vez capaz de enfrentar uma crise social e económica verdadeiramente séria. Olhando para o que hoje se vive as soluções parecem poucas e medidas tapa-buracos prometem ter um prazo de validade curto para um preço do petróleo que continua a engordar.
Resta saber se os camionistas, já com situações financeiras longe da solidez, serão capazes de aguentar a greve durante muito tempo, se o conseguirem aí sim pode gerar-se uma crise de escassez bem mais grave e aí ficaremos a saber se Sócrates é apenas o primeiro-ministro de quando as coisas correm menos mal, ou será alguma vez capaz de enfrentar uma crise social e económica verdadeiramente séria. Olhando para o que hoje se vive as soluções parecem poucas e medidas tapa-buracos prometem ter um prazo de validade curto para um preço do petróleo que continua a engordar.
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