segunda-feira, 31 de dezembro de 2007
Feliz ano Novo!
domingo, 30 de dezembro de 2007
E já só faltam umas horas para a nova lei chegar!
Repressão à Chinês.
Salazar: O morto vivo do ano!
sábado, 29 de dezembro de 2007
“Saloiice medonha”
De facto estamos a ficar especialistas neste tipo de campanhas. Os criativos que imaginaram esta visão do Portugal do Ronaldo, do Mourinho e companhia, são os mesmos ou parecidos com aqueles que já tinham achado muito para frente inglesar o nome do agora rebaptizado allgarve. No fundo este é o modernismo à Sócrates, o modernismo provinciano onde se acha que só por os alunos terem uns computadores nas mãos o insucesso escolar acaba, o modernismo que acha que dizer aos sete ventos que Portugal vai ser o novo líder tecnológico do que quer que seja muda os problemas reais de hoje. Mas como António Barreto diz, são precisamente as cabecinhas que inventam estas campanhas que tratam da imagem do primeiro-ministro, que lhe moldam o ar supostamente firme e decidido, que para entrevista ao El País lhe forneceram aquele ar enternecedor de primeiro-ministro atento, de homem dado a grandes causas. São estas cabecinhas, que como é dito na entrevista, vão ter um ano de 2008 em grande e cheio de trabalho. Profissionais do promover a mensagem que deve ser passada para o povo, para que o mesmo povo em 2009, ano de eleições autárquicas, legislativas e europeias, não se esqueça em quem deve votar.
Correia de Campos ainda não percebeu.
Muitos destes SAP´s têm sido fechados no interior do país, zonas que aos poucos vão-se tornando um enorme deserto onde vive uma população velha que precisa de constantes cuidados de saúde. Agora se um destes também portugueses, afectado pelo fecho destes serviços, precisar de cuidados médicos durante a noite terá de percorrer mais uns largos Km para chegar a uma urgência, não é demagogia, é a pura das realidades. Mas Correia de Campos não entende isto, e a isto o ministro da Saúde contrapõe o argumento de que o que existia nestes centros não eram verdadeiras urgências, visto que o médico que lá estava não seria capaz de responder a alguns dos casos com que era confrontado. Dada esta situação podíamos dizer: melhora-se a urgência, dá-se-lhe a capacidade técnica para poder responder a grande parte dos casos com que se depara. Em vez disto Correia de Campos vai pela solução mais fácil: fecha a urgência e manda os doentes seguir para um hospital muito mais afastado. Mas a tudo isto Correia de Campos ainda tem um argumento melhor, afirmando que naquelas urgências nocturnas apareciam 3 ou 4 doentes e por isso não se justifica que esses tais SAP´s estejam abertas, visto que tal impossibilita que o mesmo médico que esteve de banco na noite anterior possa na manhã seguinte dar consultas a outros 15 doentes. Correia de Campos recorre-se do mais puro egoísmo para mais uma vez justificar o fecho de urgências, mas mais uma vez o minitro opta pela solução facilitista para o ministério e dolorosa para as populações. Correia de Campos poderia dizer que face a esta situação o país iria investir em médicos, na sua formação, que iria fazer um esforço adicional de meios de forma a que de dia e de noite as populações possam ter uma urgência adequada e equipada próximo de sim, mas Correia de campos ainda não percebeu isto e prefere encerrar em vez de melhorar.
Fechar urgências por si próprio não é um acto isolado e inconsequente, ainda para mais quando estes fechos são no interior. Fechar unidades de saúde nestas regiões é acelerar a morte lenta desta parte esquecida do país. Se uma família de classe média nos perguntar hoje em dia quais são os atractivos de viver no interior, que resposta é que o país tem para lhe dar? O interior é uma região pobre, sem tecido produtivo, desligada do enriquecimento relativo dos últimos anos nas zonas do litoral. Se a tudo isto acrescentarmos a agora distância dos cuidados primários de saúde, não será difícil entender a decisão de uma família que prefira ficar numa grande cidade do litoral, com emprego, escolas e hospitais mesmo ao virar da esquina. Mas Correia de Campos ainda não percebeu.
O Ministro da Saúde poderia fazer estas reformas todas pela forma lógica, investindo verdadeiramente no serviço de saúde e na formação de médicos, mas o ministro quer fazer reformas sem gastar dinheiro, e isso não existe. A verdade é que não há bons serviços públicos sem investir neles!
Ao português que vive no interior resta ver os serviços à sua volta evaporarem-se aos poucos, mas este português não entende como paga os impostos que paga e em troca só pedia bons cuidados de saúde e um bom acesso à educação, mas em troca este português tem menos e piores serviços do Estado. Mas isto Correia de Campos também ainda não percebeu. Como Sócrates ainda não percebeu que se anda a apregoar que o seu modelo são os países nórdicos já devia ter percebido que nos tais países que ele gosta tanto, a população paga impostos, e até paga impostos altos, mas sente que em troca o estado dá-lhe algo, que em troca o estado concede-lhe bons serviços de saúde, educação e protecção social. Serviços próximos, de qualidade, e eficazes.
sexta-feira, 28 de dezembro de 2007
O avô tem mais juízo que a neta!
Benazir Bhutto (1953-2007)
quinta-feira, 27 de dezembro de 2007
Será desta que Angola muda?
E passaram três anos
Conjunto de vídeos amadores do tsunami de 26 De Dezembro
Hoje tenta-se reconstruir o rasto que ficou para trás. Ao relembrar as imagens divulgadas pelo Google Earth dias depois do tsunami, onde se mostrava o antes da tragédia com o verde, os Hotéis e as praias e o depois, apenas uma massa castanha de destroços que parecia um horizonte infinito sem fim, entende-se o esforço de anos que haverá nas regiões afectadas até se recuperar muito do que se perdeu naquele Dezembro de 2004.
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
O Natal contido dos Americanos
Até na Noite de Natal ele nos aparece.
Calma não se comecem todos a separar!
Reportagem do ABC sobre os divórcios pós-natal
terça-feira, 25 de dezembro de 2007
Só para contrariar!
domingo, 23 de dezembro de 2007
Mas há quem tenha paciência?
Abençoado Blair.
Deixem os pequeninos sossegados!
Não há dúvida que o bloco central , que criou esta lei, é um cinzentão sem sentido de humor. Francamente!
sábado, 22 de dezembro de 2007
Winehouse: a menina rebelde do ano!
Putin pode ter sido a figura do ano para alguns, mas bem mais atraente que o peseudo czar russo é esta senhora da música que este ano se revelou. Amy Winehouse é a estrela que nasceu este ano, ela tem verdadeiramente tudo: tem a voz, tem a pose e tem a dose de rebeldia que lhe dá um especial encanto. Ao que consta a senhora tem uma especial apetência para drogas e álcool, e de facto ao ver algumas das suas actuações em palco ficamos com a sensação ela esteve a tomar algo mas que uma simples águinha. Ela não parece muito importada, no sue primeiro single de sucesso ela canta precisamente que não quer ir parar a reabilitação dos seus vícios. A família bem tentou dar a volta questão implorando aos fãs para que não comprassem o cd, como forma dea sua menina se curar. Mas a verdade é que ela está aí e parece ter vindo para ficar!
Desigualdades crónicas!
E já é Dezembro outra vez, sinónimo de Natal, compras, stress, multidões acotoveladas em centros comerciais de saco de compras em riste. É o país na sua fúria consumista na correria pelo presente perfeito. É também a altura das milhentas campanhas de solidariedade, muitas delas na melhor das intenções, tentam atenuar algumas das dificuldades das franjas mais pobres do país. Ao fim de 33 anos do 25 de Abril e ao fim de 21 anos na União Europeia poderíamos pensar que, no mínimo, estas franjas de pobreza deveriam ser residuais. Mas não o são, recentemente tive que consultar dados estatísticos e económicos acerca das desigualdades na união europeia, obviamente que não esperava resultados brilhantes do lado português, mas Portugal conseguiu chocar-me num indicador social em especial: somos um dos países com maiores desigualdades na repartição de rendimentos. Em 2005 Portugal foi o país mais desigual da União Europeia, e com os resultados já disponíveis de 2006, somos o segundo mais desigual, só apenas ultrapassados pela Letónia. Este resultado é talvez o símbolo maior dos falhanços dos últimos anos, desde que entrámos na união europeia crescemos economicamente e socialmente, mas não nos tornámos mais coesos a nível social. O que é que tudo isto significa? Significa que todo este crescimento não foi capaz de eliminar o fosso entre os mais ricos e os mais pobres, os mais ricos continuaram a sê-lo, os mais pobres foram-se afundando ainda mais na pirâmide social, as classes médias vão-se esfumando aos poucos. Calcula-se que em Portugal os 20% mais ricos tenham rendimentos, em média 8 a 9 vezes superiores do que os 20% mais pobres, o nosso rácio de desigualdades é cerca do dobro da média da união europeia a 25. O facto é que as páginas e páginas de políticas sociais feitas nos últimos anos tiveram resultados escassos, Portugal tem cerca de 2 milhões de pobres, na antiga Europa a 15, o nosso salário médio é de 645€, em Espanha, um pais que entrou, no mesmo momento, que nós na união o salário médio é de 1208€. Sabendo todos estes dados, que para muitos não passarão de números, não deixará de ser, no mínimo delirante, quando os patrões entram num alvoroço histérico ao saber que o ordenado mínimo aumentará para o alucinante valor de: 426€. De vez em quando também faz bem pensar em tudo isto tudo pelo natal!
O menino guerreiro Russo!
sexta-feira, 21 de dezembro de 2007
Putin: Figura de 2007
quinta-feira, 20 de dezembro de 2007
Um apoio de peso chamado: Oprah
A grande estrelinha de Oprah está em si própria e naquilo que ela representa, símbolo do American Dream, Oprah vivia numa típica casa pobre dos negros Americanos dos anos 60. Desses dias até hoje, Winfrey tornou-se bilionária, uma das mulheres mais ricas da América, mas sobretudo ela é verdadeiramente o que podemos chamar de opinion maker. Nos seus talk-shows diários Oprah construiu um programa totalemente transversal, tão depressa fala das suas prendas de Natal favoritas como da melhor forma de ajudar os Americanos a livrarem-se de dívidas; tão depressa recebe Al Gore ou muitas outras personalidades facilmente apelidadas de “esquerdistas”como organiza um debate com Bill O'Reilly, o mais irritante direitista dos jornalistas da Fox News. Sendo transversal no seu programa Oprah consegue ser transversal na própria sociedade Americana, é respeitada e ouvida quer pela família rural quer pela família urbana, colhe amigos entre democratas e republicanos, o seu estatuto de estrela deixa-a perto da intelectualidade da América, até o escritor Cormac Mccarthy que não é propriamente fã de dar entrevistas já foi ao seu programa.
Até mesmo a alguns Europeus com aquele sentido aguçado de anti-americanismo terão dificuldade em atacá-la, Oprah é fenómeno até em Portugal, a exemplo disso há poucos meses num inquérito feito na minha turma sobre quais as personalidades que mais admirávamos, três alunas rapidamente enunciaram o nome de Oprah.
Barack sabe o capital deste apoio e não se cansará de o usar, sobretudo junto da comunidade negra onde, até há bem pouco tempo, a Sra. Clinton tinha maior popularidade do que o homem que pode vir a tornar-se no primeiro presidente negro dos Estados Unidos.
Merry Christmas Mr. President!
quarta-feira, 19 de dezembro de 2007
Ainda falta um ano para o voltarmos a ver!
Facilmente reconheço que nunca se previu que as obras do metro do Terreiro do Paço demorassem 10 anos, mas é inegável que para uma geração inteira o cais das colunas não faz parte das suas memórias de Lisboa. Quando foi dali retirado deveria ter os meus 7/8 anos, vagamente me lembro de ver o terreiro do paço com aquela que era uma das suas imagens de marca. Para o meu irmão, que tem poucos mais de 9 anos, o cais das colunas não significa rigorosamente nada, quando lá o repuserem será a primeira vez que ele o verá.
Mas repor o Cais das Colunas não faz com que o Terreiro do Paço se torne numa zona atractiva que hoje em dia não o é. Há poucos dias quando por lá passava, encontrei um Terreiro do Paço abandonado a si próprio. Este ano sem árvore de natal gigante que o abrilhante no Natal, e sem uma única iluminação, fruto da penúria da câmara, o Terreiro do Paço vive de dia do pessoal dos ministérios que por ele passa de passagem e dos turistas se põem em pose junto à estátua de D. José; à noite a praça torna-se um enorme deserto. O Terreiro do Paço tinha tudo para ser um lugar de excelência de Lisboa, a sua grandeza arquitectónica como um dos símbolos da reconstrução pombalina, o ser o ponto de encontro entre a baixa e o Tejo são mais do que pretextos para aproveitar todas as potencialidades deste local, e não o reduzir a um amontoado de gabinetes ministeriais. Numa altura em que se invoca tanto a necessidade de devolver o rio à cidade, para o fazer seria, sem dúvida, um bom principio devolver primeiro o Terreiro do Paço a Lisboa e aos Lisboetas.
Não posso deixar de saudar o arquivo fotográfico municipal que colocou debaixo das arcadas laterais da Praça do Comércio fantásticas fotografias da Lisboa do início do século XX.
O conflito esquecido no tempo
Edmond Taylor, in "The Fossil Monarchies"
Ao olhar para o passado, em particular para o seu século XX, os Portugueses têm a tentação de o reduzir ao Estado Novo e aos 48 anos de ditadura salazarista. Tal, contudo não faz mais do que contornar um período tão rico, quer ideologicamente quer historicamente como foi o período de 1900-1926. Esta época ficará inquestionavelmente marcada pela entrada de Portugal na 1º Guerra e se já de si é impressionante como, mesmo nas escolas, se passa ao lado do período da história de Portugal que procede o fascismo, é ainda mais assustador quando apenas se aborda ao de leve a participação Portuguesa na Grande Guerra. A memória mais presente da guerra colonial é provavelmente a melhor razão para justificara este facto, mas é sempre difícil de compreender este esquecimento, quando olhamos para o resto da Europa e constatámos como continuam a prestar homenagens aos soldados que pereceram no conflito 1914-1918. Basta olhar para os Ingleses quando a partir de Novembro adornam as suas lapelas de papoilas vermelhas, as mesmas papoilas que nasceram sobre as campas dos soldados na Flandres. E foi precisamente na flandres que os Portugueses lutaram e sofreram um dos maiores desaires militares de sempre na fatídica batalha de La Lys. Na sua participação no teatro Europeu, podemos mesmo considerar que a participação portuguesa foi um autêntico desastre, o CEP (Corpo Expedicionário Português) formado em 1917 foi incapaz de se bater contra o exército Alemão. Apesar de tudo isto, apesar das razões da entrada de Portugal no conflito serem ainda hoje muito discutidas, a verdade é que sem nacionalismos exacerbados, sem patriotismos recalcados, mas apenas e só com tributo pelos muitos milhares de portugueses que lutaram e morreram neste conflito, estes soldados devem ser lembrados.
Portugal o "Homem doente da Europa"
Pelos vistos nem os jogging constantes que Sócrates insite em fazer pelas capitais do mundo são capazes de nos limpar a imagem.
Ver artigo LA Times- versão integral
O charme de Sarko!
Quelqu'Un M'A Di, um dos maiores sucessos de carla bruni
Sarko volta a surpreender, depois de se mostrar muito desgosto aquando da oficialização do seu divórcio com Cecília Sarkozy, a rebelde e polémica primeira dama que prometia ser a nova Jacqueline Kennedy, o presidente francês foi visto com a deslumbrante Carla Bruni na Eurodisney de Paris, onde se deixaram fotografar alegremente.
Como fã da música de Bruni e da sua inquestionável beleza não lhe desejava tal sorte, mas não há duvida que a vida no Eliseu está muito mais animada, agora que o chato e pachorrento do Chirac abalou e deixou no lugar o imprevisível Nicolas Sarkozy.
Nicolas arrisca-se a ter arranjado uma outra mulher rebelde na sua vida, uma vez que Carla Bruni foi vista há poucos meses numa manifestação contra a lei de imigração criada por… Sarkozy.
Chaplin, o eterno mimo!
Trecho do filme The Kid, talvez um dos mais brilhantes de Chaplin
Dia 25 De Dezembro passam 30 anos sobre a morte de Charlie Chaplin. Sou um confesso amante dos filmes de Chaplin, desde cedo comecei a descobrir o fascínio do seu cinema quando de vez em quando fazia incursões nos VHS do meu pai. A figura do cómico vagabundo faz parte do meu imaginário de criança, mas hoje quando volto a ver os míticos filmes de Charlot, sinto verdadeiramente que com cada uma das suas fitas somos catapultados para o seu mundo em que o mestre Chaplin tanto nos dá espaço para rir, como para meditar e até comover com as bandas sonoras geniais que ele próprio compunha para cada uma das suas obra, ou com os momentos de cinema tocantes que ele criou.
The Kid ficará para sempre como o seu filme mais terno, em os Tempos Modernos Chaplin explora o seu lado de crítico e sarcástico acerca da sociedade Americana dos anos 20, com o Grande Ditador ficará para sempre o impressionante discurso que faz no final da fita, numa altura em que os fascismos se espalhavam como um rastilho na Europa.
Chaplin ficará recordado por tudo isto e por muito mais, mas será sempre o homem que nos anos 20, quando o cinema dava os primeiros passos, o soube elevar como uma arte maior dos nossos tempos. Por isso, para os que dormem pouco, ou simplesmente para os curiosos não deixem de ver a fantástica maratona que todas as noites de 2º a 6º passa na RTP2 e em que são relembrados cada uma das obras-primas de Charlie Chaplin.