Por estes dias fecharam mais uns tantos serviços de saúde, desta vez no distrito de Vila Real, mais não sei quantos SAPs (Serviço de atendimento permanente) e uma maternidade em Chaves encerraram as portas. Ontem à noite Correia de Campos foi à RTPN explicar o porquê destes encerramentos, explicações que continuam a explicar o que simplesmente é inexplicável.
Muitos destes SAP´s têm sido fechados no interior do país, zonas que aos poucos vão-se tornando um enorme deserto onde vive uma população velha que precisa de constantes cuidados de saúde. Agora se um destes também portugueses, afectado pelo fecho destes serviços, precisar de cuidados médicos durante a noite terá de percorrer mais uns largos Km para chegar a uma urgência, não é demagogia, é a pura das realidades. Mas Correia de Campos não entende isto, e a isto o ministro da Saúde contrapõe o argumento de que o que existia nestes centros não eram verdadeiras urgências, visto que o médico que lá estava não seria capaz de responder a alguns dos casos com que era confrontado. Dada esta situação podíamos dizer: melhora-se a urgência, dá-se-lhe a capacidade técnica para poder responder a grande parte dos casos com que se depara. Em vez disto Correia de Campos vai pela solução mais fácil: fecha a urgência e manda os doentes seguir para um hospital muito mais afastado. Mas a tudo isto Correia de Campos ainda tem um argumento melhor, afirmando que naquelas urgências nocturnas apareciam 3 ou 4 doentes e por isso não se justifica que esses tais SAP´s estejam abertas, visto que tal impossibilita que o mesmo médico que esteve de banco na noite anterior possa na manhã seguinte dar consultas a outros 15 doentes. Correia de Campos recorre-se do mais puro egoísmo para mais uma vez justificar o fecho de urgências, mas mais uma vez o minitro opta pela solução facilitista para o ministério e dolorosa para as populações. Correia de Campos poderia dizer que face a esta situação o país iria investir em médicos, na sua formação, que iria fazer um esforço adicional de meios de forma a que de dia e de noite as populações possam ter uma urgência adequada e equipada próximo de sim, mas Correia de campos ainda não percebeu isto e prefere encerrar em vez de melhorar.
Fechar urgências por si próprio não é um acto isolado e inconsequente, ainda para mais quando estes fechos são no interior. Fechar unidades de saúde nestas regiões é acelerar a morte lenta desta parte esquecida do país. Se uma família de classe média nos perguntar hoje em dia quais são os atractivos de viver no interior, que resposta é que o país tem para lhe dar? O interior é uma região pobre, sem tecido produtivo, desligada do enriquecimento relativo dos últimos anos nas zonas do litoral. Se a tudo isto acrescentarmos a agora distância dos cuidados primários de saúde, não será difícil entender a decisão de uma família que prefira ficar numa grande cidade do litoral, com emprego, escolas e hospitais mesmo ao virar da esquina. Mas Correia de Campos ainda não percebeu.
O Ministro da Saúde poderia fazer estas reformas todas pela forma lógica, investindo verdadeiramente no serviço de saúde e na formação de médicos, mas o ministro quer fazer reformas sem gastar dinheiro, e isso não existe. A verdade é que não há bons serviços públicos sem investir neles!
Ao português que vive no interior resta ver os serviços à sua volta evaporarem-se aos poucos, mas este português não entende como paga os impostos que paga e em troca só pedia bons cuidados de saúde e um bom acesso à educação, mas em troca este português tem menos e piores serviços do Estado. Mas isto Correia de Campos também ainda não percebeu. Como Sócrates ainda não percebeu que se anda a apregoar que o seu modelo são os países nórdicos já devia ter percebido que nos tais países que ele gosta tanto, a população paga impostos, e até paga impostos altos, mas sente que em troca o estado dá-lhe algo, que em troca o estado concede-lhe bons serviços de saúde, educação e protecção social. Serviços próximos, de qualidade, e eficazes.
Muitos destes SAP´s têm sido fechados no interior do país, zonas que aos poucos vão-se tornando um enorme deserto onde vive uma população velha que precisa de constantes cuidados de saúde. Agora se um destes também portugueses, afectado pelo fecho destes serviços, precisar de cuidados médicos durante a noite terá de percorrer mais uns largos Km para chegar a uma urgência, não é demagogia, é a pura das realidades. Mas Correia de Campos não entende isto, e a isto o ministro da Saúde contrapõe o argumento de que o que existia nestes centros não eram verdadeiras urgências, visto que o médico que lá estava não seria capaz de responder a alguns dos casos com que era confrontado. Dada esta situação podíamos dizer: melhora-se a urgência, dá-se-lhe a capacidade técnica para poder responder a grande parte dos casos com que se depara. Em vez disto Correia de Campos vai pela solução mais fácil: fecha a urgência e manda os doentes seguir para um hospital muito mais afastado. Mas a tudo isto Correia de Campos ainda tem um argumento melhor, afirmando que naquelas urgências nocturnas apareciam 3 ou 4 doentes e por isso não se justifica que esses tais SAP´s estejam abertas, visto que tal impossibilita que o mesmo médico que esteve de banco na noite anterior possa na manhã seguinte dar consultas a outros 15 doentes. Correia de Campos recorre-se do mais puro egoísmo para mais uma vez justificar o fecho de urgências, mas mais uma vez o minitro opta pela solução facilitista para o ministério e dolorosa para as populações. Correia de Campos poderia dizer que face a esta situação o país iria investir em médicos, na sua formação, que iria fazer um esforço adicional de meios de forma a que de dia e de noite as populações possam ter uma urgência adequada e equipada próximo de sim, mas Correia de campos ainda não percebeu isto e prefere encerrar em vez de melhorar.
Fechar urgências por si próprio não é um acto isolado e inconsequente, ainda para mais quando estes fechos são no interior. Fechar unidades de saúde nestas regiões é acelerar a morte lenta desta parte esquecida do país. Se uma família de classe média nos perguntar hoje em dia quais são os atractivos de viver no interior, que resposta é que o país tem para lhe dar? O interior é uma região pobre, sem tecido produtivo, desligada do enriquecimento relativo dos últimos anos nas zonas do litoral. Se a tudo isto acrescentarmos a agora distância dos cuidados primários de saúde, não será difícil entender a decisão de uma família que prefira ficar numa grande cidade do litoral, com emprego, escolas e hospitais mesmo ao virar da esquina. Mas Correia de Campos ainda não percebeu.
O Ministro da Saúde poderia fazer estas reformas todas pela forma lógica, investindo verdadeiramente no serviço de saúde e na formação de médicos, mas o ministro quer fazer reformas sem gastar dinheiro, e isso não existe. A verdade é que não há bons serviços públicos sem investir neles!
Ao português que vive no interior resta ver os serviços à sua volta evaporarem-se aos poucos, mas este português não entende como paga os impostos que paga e em troca só pedia bons cuidados de saúde e um bom acesso à educação, mas em troca este português tem menos e piores serviços do Estado. Mas isto Correia de Campos também ainda não percebeu. Como Sócrates ainda não percebeu que se anda a apregoar que o seu modelo são os países nórdicos já devia ter percebido que nos tais países que ele gosta tanto, a população paga impostos, e até paga impostos altos, mas sente que em troca o estado dá-lhe algo, que em troca o estado concede-lhe bons serviços de saúde, educação e protecção social. Serviços próximos, de qualidade, e eficazes.
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