Foi a notícia de abertura do dia, foram hoje finalmente inauguradas as estações do Terreiro do Paço e de Santa Apolónia. A derrapagem financeira de mais de 100 milhões de euros e o facto de as obras terem sido uma odisseia de mais de dez anos foram os ingredientes perfeitos para fazer da inauguração um acontecimento político à altura. Mal ouvi a notícia de manhã automaticamente pensei que voltaria a ver ali, junto ao Tejo, o tão saudoso cais das colunas. Pensei, mas infelizmente pensei mal, pouco depois ouvia que afinal que o cais das colunas, que hoje está perdido num qualquer armazém do metro, só será reposto daqui a um ano.
Facilmente reconheço que nunca se previu que as obras do metro do Terreiro do Paço demorassem 10 anos, mas é inegável que para uma geração inteira o cais das colunas não faz parte das suas memórias de Lisboa. Quando foi dali retirado deveria ter os meus 7/8 anos, vagamente me lembro de ver o terreiro do paço com aquela que era uma das suas imagens de marca. Para o meu irmão, que tem poucos mais de 9 anos, o cais das colunas não significa rigorosamente nada, quando lá o repuserem será a primeira vez que ele o verá.
Mas repor o Cais das Colunas não faz com que o Terreiro do Paço se torne numa zona atractiva que hoje em dia não o é. Há poucos dias quando por lá passava, encontrei um Terreiro do Paço abandonado a si próprio. Este ano sem árvore de natal gigante que o abrilhante no Natal, e sem uma única iluminação, fruto da penúria da câmara, o Terreiro do Paço vive de dia do pessoal dos ministérios que por ele passa de passagem e dos turistas se põem em pose junto à estátua de D. José; à noite a praça torna-se um enorme deserto. O Terreiro do Paço tinha tudo para ser um lugar de excelência de Lisboa, a sua grandeza arquitectónica como um dos símbolos da reconstrução pombalina, o ser o ponto de encontro entre a baixa e o Tejo são mais do que pretextos para aproveitar todas as potencialidades deste local, e não o reduzir a um amontoado de gabinetes ministeriais. Numa altura em que se invoca tanto a necessidade de devolver o rio à cidade, para o fazer seria, sem dúvida, um bom principio devolver primeiro o Terreiro do Paço a Lisboa e aos Lisboetas.
Não posso deixar de saudar o arquivo fotográfico municipal que colocou debaixo das arcadas laterais da Praça do Comércio fantásticas fotografias da Lisboa do início do século XX.
Facilmente reconheço que nunca se previu que as obras do metro do Terreiro do Paço demorassem 10 anos, mas é inegável que para uma geração inteira o cais das colunas não faz parte das suas memórias de Lisboa. Quando foi dali retirado deveria ter os meus 7/8 anos, vagamente me lembro de ver o terreiro do paço com aquela que era uma das suas imagens de marca. Para o meu irmão, que tem poucos mais de 9 anos, o cais das colunas não significa rigorosamente nada, quando lá o repuserem será a primeira vez que ele o verá.
Mas repor o Cais das Colunas não faz com que o Terreiro do Paço se torne numa zona atractiva que hoje em dia não o é. Há poucos dias quando por lá passava, encontrei um Terreiro do Paço abandonado a si próprio. Este ano sem árvore de natal gigante que o abrilhante no Natal, e sem uma única iluminação, fruto da penúria da câmara, o Terreiro do Paço vive de dia do pessoal dos ministérios que por ele passa de passagem e dos turistas se põem em pose junto à estátua de D. José; à noite a praça torna-se um enorme deserto. O Terreiro do Paço tinha tudo para ser um lugar de excelência de Lisboa, a sua grandeza arquitectónica como um dos símbolos da reconstrução pombalina, o ser o ponto de encontro entre a baixa e o Tejo são mais do que pretextos para aproveitar todas as potencialidades deste local, e não o reduzir a um amontoado de gabinetes ministeriais. Numa altura em que se invoca tanto a necessidade de devolver o rio à cidade, para o fazer seria, sem dúvida, um bom principio devolver primeiro o Terreiro do Paço a Lisboa e aos Lisboetas.
Não posso deixar de saudar o arquivo fotográfico municipal que colocou debaixo das arcadas laterais da Praça do Comércio fantásticas fotografias da Lisboa do início do século XX.
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