Cavaco passou seis solarengos dias na Madeira, de concelho em concelho, de beijinho em beijinho tentando suavizar o ambiente entre o rectângulo dos cubanos (como Jardim nos gosta de baptizar) e o Governo Madeirense. A visita foi agradável, mas há momentos em que meia dúvida de palavras repetidas e de circunstância tornam uma visita presidencial curta e com pouco para relembrar. Cavaco não quis criticar publicamente a recente pérola retórica de Jardim quando chamou “bando de loucos” aos deputados do parlamento regional, fez mal. Provavelmente fê-lo em privado, basta lembrar a cara de poucos amigos com que Jardim saiu da conferência com o Sr Silva, que aliás no final da reunião nos brindou com uma das suas ironias cavaquistas afirmando que aquele era um: “dia perfeito”. A mensagem podia estar lá, mas não chega e não chegou, há situações em que não se pode passar afirmações como aquelas, há momentos em que a solidariedade presidencial deve existir, neste caso em relação aos deputados regionais, e não esteve. Em vez disto Cavaco preferiu uns encontros com um ar semi-clandestino feitos por favor aos outros partidos representados no parlamento Madeirense. Pouco, muito pouco e exigia-se que desta vez não se deixasse que os comentários de Alberto João Jardim passassem desta forma pelas gotas da chuva.
Sem comentários:
Enviar um comentário