Um maralhal de agentes da ASAE, da PSP, do SEF e de não sei mais o quê invadiram ontem as ruas do Martim Moniz e do Intendente. Foram em busca daquilo que todos sabem que existe, as ruas e avenidas encaixadas entre as Avenidas Novas e o Rossio foram sendo condenadas às lojas dos trezentos a cada virar de esquina, aos cantos onde convivem putas, consumo e tráfico de droga, e que vão desafiando a resistência dos mais velhos que aqui vivem e sempre viveram e que daqui já não sairão. Mas quem é que ainda se lembra da recuperação do Intendente? Ninguém, as promessas de Santana Lopes esfarelaram-se no tempo, o projecto de recuperação de prédios, de dinamização do comércio, de toda a aquela parafernalia de iniciativas que faz parte de qualquer recuperação urbana parou à porta dos problemas do Intendente, e esses (os problemas) continuam lá. Quem vai hoje passear para o Intendente, qual o Lisboeta que por lá quer passar, que por lá quer viver? Poucos, ou nenhum, mas o Intendente não é um arredor ou bairro periférico da capital, não, o Intendente é no centro de Lisboa, bem no núcleo da cidade, e para muitos pouco mais serve do que para passar de carro, porque também pouco mais tem para mostrar. Nem a rusga de ontem fez que alguém se lembrasse das promessas do passado, sinal que continuarão na gaveta no futuro e uma parte de Lisboa continua a perder-se.
sexta-feira, 11 de abril de 2008
O Intendente Esquecido
Um maralhal de agentes da ASAE, da PSP, do SEF e de não sei mais o quê invadiram ontem as ruas do Martim Moniz e do Intendente. Foram em busca daquilo que todos sabem que existe, as ruas e avenidas encaixadas entre as Avenidas Novas e o Rossio foram sendo condenadas às lojas dos trezentos a cada virar de esquina, aos cantos onde convivem putas, consumo e tráfico de droga, e que vão desafiando a resistência dos mais velhos que aqui vivem e sempre viveram e que daqui já não sairão. Mas quem é que ainda se lembra da recuperação do Intendente? Ninguém, as promessas de Santana Lopes esfarelaram-se no tempo, o projecto de recuperação de prédios, de dinamização do comércio, de toda a aquela parafernalia de iniciativas que faz parte de qualquer recuperação urbana parou à porta dos problemas do Intendente, e esses (os problemas) continuam lá. Quem vai hoje passear para o Intendente, qual o Lisboeta que por lá quer passar, que por lá quer viver? Poucos, ou nenhum, mas o Intendente não é um arredor ou bairro periférico da capital, não, o Intendente é no centro de Lisboa, bem no núcleo da cidade, e para muitos pouco mais serve do que para passar de carro, porque também pouco mais tem para mostrar. Nem a rusga de ontem fez que alguém se lembrasse das promessas do passado, sinal que continuarão na gaveta no futuro e uma parte de Lisboa continua a perder-se.
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