Soubemos este fim-de-semana que José Miguel Júdice apenas acredita que o PSD ganha as eleições se a seis meses das legislativas aparecer esse vulto que é o professor Marcelo, afastando o nortenho que está à frente do partido, para enfrentar Sócrates. Uma bela cereja para acabar a semana em que apareceu vindo do nada, António Borges, essa figura enigmática que dá a sua ferroada e desaparece, sobre o qual se tem uma vaga ideia que quer ser líder do PSD, mas também acerca do qual nunca se entendeu muito bem o que quer. Digamos que foi mais uma semana messiânica do PSD, em que os barões, duques e marqueses do partido anseiam por alguém que salte, não se sabe também muito bem de onde, e os venha salvar. No final dos anos 80 apareceu um Messias assim, não vinha montado em nenhum cavalo, mas num Citroën que tinha ido fazer a rodagem a um congresso e que voltou com um líder ao volante. Pois é, mas o Messias durou dez anos, mandou o partido às urtigas, tornou-se presidente da república, e popular diga-se! Resultado, desde a saída de Cavaco do PSD, o partido já teve o número redondo de 6 líderes, fez não sei quantos congressos e nos últimos 13 anos esteve 3 anos no governo (isto se contarmos com o epitáfio humorístico chamado Santana Lopes). No meio da barafunda chegou um homem do Norte para ocupar o seu cantinho na presidência do partido. Só que Menezes não vem do nevoeiro, teme-se contudo que a sua cabeça e dos que o rodeiam seja sim um enorme nevoeiro que afunde o PSD num ainda maior breu. Sócrates ri a ver estes delírios e que lhe vai deixando sem grande oposição à direita para se chatear, e nós esperamos que o PSD feche para obras porque da mesma forma que o PSD não arranja o seu Messias, o partido também não será nos tempos mais próximos o Messias do país.
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