Espera por alimentos, Darfur
O arroz bate records, o que até pode parecer banal para nós habituados ao arroz feito de não sei quantas maneiras, mas sem dúvida importante para os milhões para os quais levar uma colherada de arroz à boca chega a ser um exotismo. Fala-se em 100 milhões de novos famintos devido ao aumento do preço dos alimentos e ontem a ONU chamou à política da União Europeia para os biocombustíveis de desastrosa, prova que a que parecia uma solução para o petróleo pode criar mais problemas que aqueles que já existem. Éramos um mundo habituado a estar partido entre pobres e ricos, bem acostumados a petróleo estruturalmente barato. Crescemos sem carência de matérias primas porque haviam muitos que não as utilizavam, consumíamos confortavelmente porque haviam milhões de outros que não o faziam. E muitos continuam a não o fazer, mas bastou juntar-se a este clube dos grandes consumidores dois pequenos grandes gigantes chamados Índia e China, bastou estes milhões para o equilíbrio se esvair. O mundo tem agora que criar novos equilíbrios, e a mudança custa e custará a passar.
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