O elogio por elogio ou por obrigação para além de inútil não faz muito o meu género, é um frete demasiado grande para me dar ao trabalho, e não é este tipo de elogio que vou fazer ao Luiz Carvalho que hoje inaugurou a sua exposição Entre Cidades em Lisboa. Se há coisa difícil é explicar porque gostamos de um quadro, de uma imagem, de uma foto, sobre ela podemos fazer milhentas descontrucções, fazer daquelas reflexões sem fim em que tentaria enquadrar cada imagem numa coisa qualquer. Podia e as fotos do Luiz Carvalho deixam-me fazê-lo, mas não me apetece, prefiro apenas dizer como captei a suavidade da foto da rapariga no castelo de S. Jorge (1º foto acima), a exuberância cativante do porsche junto à piscina em Cannes, a simplicidade deliciosa da rapariga parisiense de ar espantada posta num qualquer beiral sobre a palavra utopia (bela Metáfora, foi em Paris que tantas utopias nasceram) ou como vi todo o significado da expressão “luz de Lisboa” naquela foto de Santos iluminada pelo sol de Inverno de um qualquer final de tarde (2º foto acima).
Arte é isso, é gostar de algo, subjectivamente gostar de ver, sem que nenhuma palavra seja suficiente para materializar esse gosto. Bem sei que o Luiz Carvalho não gosta que se chame ao fotojornalismo ou ao seu trabalho de arte, chamemos lhe então a arte do sentido do momento, do sentido de entender e de conseguir captar aquele segundo, daquela forma, naquele local, com aquelas pessoas, a arte de entender qual será o instante ideal, qual será o instante fatal.
Um belo final de tarde que este foi, ideal para ainda ter tempo de andar por Lisboa e aproveitar estes primeiros rasgos de luz primaveris de final do dia que vão enchendo a cidade.
Arte é isso, é gostar de algo, subjectivamente gostar de ver, sem que nenhuma palavra seja suficiente para materializar esse gosto. Bem sei que o Luiz Carvalho não gosta que se chame ao fotojornalismo ou ao seu trabalho de arte, chamemos lhe então a arte do sentido do momento, do sentido de entender e de conseguir captar aquele segundo, daquela forma, naquele local, com aquelas pessoas, a arte de entender qual será o instante ideal, qual será o instante fatal.
Um belo final de tarde que este foi, ideal para ainda ter tempo de andar por Lisboa e aproveitar estes primeiros rasgos de luz primaveris de final do dia que vão enchendo a cidade.
1 comentário:
Obrigado pelas palavras queridas.
LC
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