sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Ai estas amizades!

Chávez anda em mais um daqueles périplos contra, e cito o próprio, “yankees de mierda” no estilo de viagens muito pouco discretas que o nosso revolucionário da camisa vermelha gosta de andar a fazer.
Ora imbuído deste espírito, Chávez deu um salto à Rússia, que não usando o estilo latino-americano vai criando e aumentando aos poucos o seu braço de ferro com os velho Ocidente. Mas Chávez é muito mais que uma figura risível e este encontro dá-nos a estranha noção de uma teia que aos poucos se vai construindo em que da América do Sul à nova Rússia de Puttin o discurso anti-americano ganha força e vai colhendo adeptos. Muito provavelmente não ao mesmo estilo da guerra fria sempre com os movimentos dos dois lados medidos ao limite. Hoje a disputa faz-se entre o petróleo que navega por debaixo dos pés russos ou venezuelanos. Recebemos o novo discurso da Rússia ou da agora parceira Venezuela, mas não entendemos qual o caminho para o qual caminham estas novas forças que se opõem a uma América embrulhada na sua própria crise financeira, que caminha para um novo ciclo que com o tamanho dos problemas internos por resolver, fica por saber o espaço que terá para se afirmar internacionalmente. Hoje a Rússia concedeu um empréstimo gigantesco para a cooperação militar com a Venezuela, em acordos que vão tecendo as relações de novas relações internacionais a nascer.

Chávez aterrou, de novo em Lisboa. Ao que parece o governo português tem uma predilecção especial por tomar chá com Chávez, as viagens entre Caracas e Lisboa estão em grande forma, até a RTPN faz rídulos directos de dez minutos para ver o santo Chávez a descer das escadas do avião.

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