terça-feira, 9 de setembro de 2008

O herói de Guerra esgotado e a conservadora aterradora


Poucas são as vezes que acontece mas não podia concordar mais com as duas crónicas de fim-de-semana que Vasco Pulido escreveu no Público e nas quais se concentra na pobreza ideológica que foi a última Convenção Republicana. A melhor forma de levar ao histerismo um bando e delegados Republicanos passa por contar muitas heróicas e sanguíneas histórias de guerra, acompanhar com uma dose de irracional patriotismo e acrescentar a defesa do conservadorismo provinciano até às vísceras, tudo isto significa cair no goto de uma Convenção do partido de Bush.
Huckabee, Giuliani e Romney, os adversários de McCain nas primárias fizeram discursos abaixo de nível, com ataques míseros, não a ideias, mas a pessoas, os Republicanos não gostam de Obama porque estudou, formou-se nas melhores faculdades é querido pelas “elites” que os republicanos, que elegeram um vaqueiro para presidente, tanto odeiam. Por isso foram buscar para vice-presidente uma mulher medíocre, que não sabe dizer duas linhas sobre política internacional, que não domina coisa alguma sobre política energética que não apresenta uma ideia a não ser defender o aborto até ao ridículo e simbolizar a família conservadora americana. É assim Sarah Palin que pôs McCain a subir nas sondagens, mas ouvir aquela Convenção Republicana foi um autêntico martírio, de onde esperávamos que viessem ideias, veio apenas a repetição sem fim da história do soldado McCain no Vietname, e essa será a arma que Mccain mais vai usará.

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