O primeiro comício de campanha eleitoral de Sócrates foi verdadeiramente hoje, rodeado por uma massa de militantes que ouviram gás soar as trombetas de reunião para um ano em que à direita e à esquerda há uma maioria absoluta que se quer manter e que apresenta o seu sacro “reformismo” como porta-estandarte
O discurso hoje de Sócrates não foi diferente daqueles que já fez ou do que repete vezes sem conta nas entrevistas televisivas.
Por isso entre todos os clichés Socratianos que nos vão encher os ouvidos, e talvez uma parte da paciência, no ano que vem não podemos deixar de reter desde logo o protagonismo a Maria de Lurdes Rodrigues, sentada em grande destaque na 1º fila, ao lado de Almeida Santos. Sócrates está a dar-nos uma autêntica lição de como se recicla uma ministra, um PS que passou adorar a sua Dama da educação e que a aplaude de pé e entusiasticamente, o que os números mágicos do sucesso fazem! Para além de taparem verdades têm agora o dom de trazer de novo à vida, e pelos vistos à ribalta ministros que tiveram o percurso, no mínimo, atribulado de Maria de Lurdes Rodrigues (basta lembrar os pareceres do tribunal Constitucional a alguns dos diplomas deste Ministério). Não deixa de ser lógico, Maria de Lurdes Rodrigues é a chapa perfeita do que é este governo, e não é difícil entender porquê: 1. resistiu às ruas, não interessa as razoes da rua, mas na nova retórica governativa a resistência à rua é inatamente um feito grandioso, 2. Apresentou uma pacote de reformas, também não interessa como está a funcionar a escola, o que interessa é a política do utilitarismo puro e duro, se os números forem melhores então a ministra é excelente e tudo foi conseguido. Portanto provavelmente, e ao contrário do que poderíamos pensar, Maria de Lurdes Rodrigues estava no sítio certo no momento certo.
Tirando o conteúdo estilo disco riscado Sócrates mostrou o seu lado “animal feroz” para criticar a sua esquerda puxando de adjectivos como “estalinista” para curar a comichão que os 20% de Bloco e PCP juntos lhe estão a fazer. Sócrates sabe que precisa desse eleitorado como ar para respirar se quiser manter a maioria absoluta. Mas Sócrates enganou-se na postura, não é mostrando as garras que consegue recuperar eleitorado que se afastou muito do PS e que não alinha tão facilmente nos adjectivos generosos que Sócrates hoje proferiu à sua esquerda.
No ano que vem teremos direito a tudo desde a veia comicieira de Sócrates, até à nova socialista da frente que é a Maria de Lurdes Rodrigues a Ferreira Leite que continuará no seu oceano de abstraccionismo esperando nós que alguma ideia floresça no jardim laranja.
Já que Sócrates já estava hoje com aquele tom de balanço, e já que esta foi a legislatura dos estudos comparativos (sendo o mais famoso o tal entre a Ota e Alcochete); há um estudo comparativo ainda mais interessante para fazer o do Sócrates antes e depois de ganhar eleições e chegar ao poder, é um estudo cheio de contradições deliciosas para descortinar.
O discurso hoje de Sócrates não foi diferente daqueles que já fez ou do que repete vezes sem conta nas entrevistas televisivas.
Por isso entre todos os clichés Socratianos que nos vão encher os ouvidos, e talvez uma parte da paciência, no ano que vem não podemos deixar de reter desde logo o protagonismo a Maria de Lurdes Rodrigues, sentada em grande destaque na 1º fila, ao lado de Almeida Santos. Sócrates está a dar-nos uma autêntica lição de como se recicla uma ministra, um PS que passou adorar a sua Dama da educação e que a aplaude de pé e entusiasticamente, o que os números mágicos do sucesso fazem! Para além de taparem verdades têm agora o dom de trazer de novo à vida, e pelos vistos à ribalta ministros que tiveram o percurso, no mínimo, atribulado de Maria de Lurdes Rodrigues (basta lembrar os pareceres do tribunal Constitucional a alguns dos diplomas deste Ministério). Não deixa de ser lógico, Maria de Lurdes Rodrigues é a chapa perfeita do que é este governo, e não é difícil entender porquê: 1. resistiu às ruas, não interessa as razoes da rua, mas na nova retórica governativa a resistência à rua é inatamente um feito grandioso, 2. Apresentou uma pacote de reformas, também não interessa como está a funcionar a escola, o que interessa é a política do utilitarismo puro e duro, se os números forem melhores então a ministra é excelente e tudo foi conseguido. Portanto provavelmente, e ao contrário do que poderíamos pensar, Maria de Lurdes Rodrigues estava no sítio certo no momento certo.
Tirando o conteúdo estilo disco riscado Sócrates mostrou o seu lado “animal feroz” para criticar a sua esquerda puxando de adjectivos como “estalinista” para curar a comichão que os 20% de Bloco e PCP juntos lhe estão a fazer. Sócrates sabe que precisa desse eleitorado como ar para respirar se quiser manter a maioria absoluta. Mas Sócrates enganou-se na postura, não é mostrando as garras que consegue recuperar eleitorado que se afastou muito do PS e que não alinha tão facilmente nos adjectivos generosos que Sócrates hoje proferiu à sua esquerda.
No ano que vem teremos direito a tudo desde a veia comicieira de Sócrates, até à nova socialista da frente que é a Maria de Lurdes Rodrigues a Ferreira Leite que continuará no seu oceano de abstraccionismo esperando nós que alguma ideia floresça no jardim laranja.
Já que Sócrates já estava hoje com aquele tom de balanço, e já que esta foi a legislatura dos estudos comparativos (sendo o mais famoso o tal entre a Ota e Alcochete); há um estudo comparativo ainda mais interessante para fazer o do Sócrates antes e depois de ganhar eleições e chegar ao poder, é um estudo cheio de contradições deliciosas para descortinar.
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