Festa do Avante 2008, foto retirada do flickr
Nunca tinha pisado a Quinta da Atalaia, esse paraíso do PC no Seixal, o local onde concentram a festa da qual só ouvia as histórias e relatos daqueles que já lá tinham lá ido. Entrar no Avante é como entrar num microcosmos muito próprio, talvez no microcosmos mas interessante da política portuguesa, naquela que é sem dúvida a iniciativa melhor organizada e promovida por um partido português, e que como vi deixa espantadas muitas delegações internacionais. A capacidade de mobilização do PC é absolutamente impressionante, tal já se tinha verificado em muitas manifestações que o partido organiza, ma só o Avante é a prova que os militantes comunistas são isso mesmo: militantes com uma devoção ao partido. Desde a construção da festa que começa meses antes até ao trabalho que todos desenvolvem durante os três dias de Avante a dedicação ideológica, política e de comunidade que a festa expira é surpreendente.
Podemos achar que o marxismo leninismo na sua veia pura e crua que ali se defende com unhas e dentes à força do simbolismo do martelo e da foice está longe de ser o modelo de Esquerda para um mundo que já mudou muito desde o aparecimento do Manifesto Comunista, podemos também acreditar, como acredito, que pouco de bom havia em muito do que foi a União Soviética, podemos estar longe do estilo que o PCP continua a usar, mas não podemos dizer que ideologicamente e como partido o PC não tem futuro ou que está condenado, porque o Avante apesar dos muitos “infiltrados não-comunistas que por lá andam” mostra também muitos dos outros que fiéis ao partido continuam. Ali fica também provado que o partido conseguiu montar uma inteligente rede de recrutamento de jovens que têm no Avante o seu momento alto de uma curta militância exacerbada com outros não-comunistas quando a mítica e bela Carvalhesa é tocada.
Ir ao Avante não mudou a minha opinião sobre o PCP como um partido ideologicamente questionável ou com atitudes de apoio a regimes que são tudo menos democráticos e que apenas merecem condenação, mas o Avante foi uma evidência que o PCP é uma força forte e como mostram as sondagens a crescer com uma implementação até às raízes na sociedade portuguesa e com uma capacidade organizacional de fazer inveja às Universidades de Verão de Ferreira Leite e às Novas Fronteiras de Sócrates.
Podemos achar que o marxismo leninismo na sua veia pura e crua que ali se defende com unhas e dentes à força do simbolismo do martelo e da foice está longe de ser o modelo de Esquerda para um mundo que já mudou muito desde o aparecimento do Manifesto Comunista, podemos também acreditar, como acredito, que pouco de bom havia em muito do que foi a União Soviética, podemos estar longe do estilo que o PCP continua a usar, mas não podemos dizer que ideologicamente e como partido o PC não tem futuro ou que está condenado, porque o Avante apesar dos muitos “infiltrados não-comunistas que por lá andam” mostra também muitos dos outros que fiéis ao partido continuam. Ali fica também provado que o partido conseguiu montar uma inteligente rede de recrutamento de jovens que têm no Avante o seu momento alto de uma curta militância exacerbada com outros não-comunistas quando a mítica e bela Carvalhesa é tocada.
Ir ao Avante não mudou a minha opinião sobre o PCP como um partido ideologicamente questionável ou com atitudes de apoio a regimes que são tudo menos democráticos e que apenas merecem condenação, mas o Avante foi uma evidência que o PCP é uma força forte e como mostram as sondagens a crescer com uma implementação até às raízes na sociedade portuguesa e com uma capacidade organizacional de fazer inveja às Universidades de Verão de Ferreira Leite e às Novas Fronteiras de Sócrates.
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