A condenação do Estado que hoje se conheceu como resultado da acção apresentada por Paulo Pedroso é um bom exemplo que nenhum Estado pode deixar de ser chamado aos seus erros. Pedroso foi absolvido, mas a mesma justiça que o absolveu não deduziu de imediato que um caso da natureza daquele que o então delfim do PS foi acusado lhe deixaria uma marca na carreira profissional e na vida pessoal difícil de apagar. Como a nossa justiça é boa a acusar mas muito menos lesta em reconehcer os seus erros, Pedroso, e muito bem, apresentou uma queixa contra um Estado que o acusou, prendeu preventivamente e depois nada conseguiu provar, este é o Estado que face a uma situação como a que Pedroso viveu deveria ser o primeiro a reconhecer as suas culpas, e indemnizar e ressarcir aqueles que sem provas prendeu e envolveu num caso judicial, ainda para mais um caso com os contornos do da Casa Pia. Na ausência das mínima das honestidades e respeito da Justiça pelos seus cidadãos, Pedroso fez o que qualquer cidadão que sinta o seu bom nome manchado deveria fazer, um cidadão que verdadeiramente o é, não deve nem pode enterrar a cabeça na areia face a um Estado que acusa, prende preventivamente, engana-se e não admite o mal que fez, numa autoridade e altivez surda e cega; deve sim enfrentar o Estado como mais um elemento da sociedade, um elemento crucial, mas que em primeiro lugar deve respeitar as pessoas que o formam, e isso o Estado Português raramente o faz.
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