terça-feira, 9 de setembro de 2008

O nada que para aqui vai

E pronto cá estamos nós na reentre política ansiosos que estávamos que o Leite fervesse depois de tanto silêncio e que os pensamentos Socráticos se revelassem. Bem para os mais ansiosos ou que já espumavam pelo regresso da política à portuguesa a desilusão deve ser o sentimento dominante. Depois de umas férias longas a Dama de Ferro não disse rigorosamente nada de novo, Ferreira Leite até tem uma boa capacidade de diagnóstico dentro da sua concepção política e ideológica, apresenta uma imagem que pode agradar ao centrão mas dali não brotou uma ideia, uma que fosse, um marco a anunciar ao país, uma iniciativa, zero, nada, ou seja continuamos à espera.
Entretanto Portas parece que não estava virado para a solidão e amarrou-se a Nobre Guedes mesmo quando este queria ir arejar para fora do CDS, Nobre Guedes foi-se mesmo embora e Paulo Portas levou um valente abanão que deixa o seu ar imaculado dentro do partido altamente fragilizado.
Depois veio Sócrates abrir o Respublica, uma ideia interessante que pedia um discurso igualmente interessante, mas parece que as ideias no arco do poder estão hipotecadas ou adiadas sine-dia. Sócrates quando não tem nada para dizer atira com o discurso contra o pessimismo, já não é a primeira vez que o faz, quando não tem nada melhor ou mais interessante para chutar diz que os outros não querem é que o país avance, aquele típico discurso vazio de quem está muito motivado e os outros são apenas a herança pessimista do fado, começa a ser um tópico demasiado habitual nos discursos do nosso primeiro-ministro.
Portanto foi uma reentre em tons suaves e pálidos, pode ser que pela altura do orçamento sejamos brindados com algo mais empolgante, aguardemos pelo que há de vir!

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