Nos anos do cavaquismo Ferreira do Amaral, então Ministro das Obras Públicas, assinou um contrato absolutamente ruinoso para o Estado, e por sua vez de ouro para a Lusoponte. O contrato previa que no caso da construcção de uma terceira travessia do Tejo ou esta seria automaticamente concessionada à Lusoponte, ou por sua vez esta empresa seria indemnizada pela putativa perda de tráfego na 25 de Abril e na Vasco da Gama. Passados todos estes anos sob a assinatura do contrato, a 3º travessia do Tejo vai ser agora construída devido ao novo aeroporto e constatou-se que de forma a não obrigar o Estado a pagar uma indemnização brutal à Lusoponte o contrato terá que ser renegociado. E imagine-se quem estará do lado da administração da Lusoponte para negociar com Mário Lino, nem mais nem menos que, Ferreira do Amaral, que hoje em dia tem direito a uma cadeirinha no conselho de administração que concessiona as pontes sobre o Tejo. Este é um caso da mais profunda imoralidade política, um caso exemplar de incompatibilidades entre funções públicas e privadas. E pensar que este grande Estadista que é Ferreira do Amaral chegou a ser candidato presidencial contra o Sampaio em 2000. Como ouvi ontem no Eixo do Mal da SIC Notícias, é incrível como continuam a não ser imputadas responsabilidades a quem faz acordos ou contratos tão ruinosos para o Estado, o que só aumenta e favorece que casos como este continuem a acontecer.
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