domingo, 20 de janeiro de 2008

Ora aqui está um contrato bem feito… para Ferreira do Amaral, claro!

Nos anos do cavaquismo Ferreira do Amaral, então Ministro das Obras Públicas, assinou um contrato absolutamente ruinoso para o Estado, e por sua vez de ouro para a Lusoponte. O contrato previa que no caso da construcção de uma terceira travessia do Tejo ou esta seria automaticamente concessionada à Lusoponte, ou por sua vez esta empresa seria indemnizada pela putativa perda de tráfego na 25 de Abril e na Vasco da Gama. Passados todos estes anos sob a assinatura do contrato, a 3º travessia do Tejo vai ser agora construída devido ao novo aeroporto e constatou-se que de forma a não obrigar o Estado a pagar uma indemnização brutal à Lusoponte o contrato terá que ser renegociado. E imagine-se quem estará do lado da administração da Lusoponte para negociar com Mário Lino, nem mais nem menos que, Ferreira do Amaral, que hoje em dia tem direito a uma cadeirinha no conselho de administração que concessiona as pontes sobre o Tejo. Este é um caso da mais profunda imoralidade política, um caso exemplar de incompatibilidades entre funções públicas e privadas. E pensar que este grande Estadista que é Ferreira do Amaral chegou a ser candidato presidencial contra o Sampaio em 2000. Como ouvi ontem no Eixo do Mal da SIC Notícias, é incrível como continuam a não ser imputadas responsabilidades a quem faz acordos ou contratos tão ruinosos para o Estado, o que só aumenta e favorece que casos como este continuem a acontecer.

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