quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008
Os recursos que vamos gastando
Em solução aos litros de gasolina que atestam os automóveis, muitos apresentam, não o óleo para fritar batatas como parece que é moda, mas o agora conhecido biodiesel, um mercado em pleno florescimento. Lula da Silva por exemplo tem conduzido uma enorme aposta neste combustível no Brasil. Mas o combustível até se pode chamar bio, o que não significa que seja a perfeição ecologicamente ou mesmo economicamente. Os campos de cereais parecem ser a nova galinha dos olhos de ouro, e os campos de trigo têm ganho espaço e comido até alguns bons bocados de floresta. Obviamente que em termos de emissões poluentes julgo que o biodiesel será menos poluente, mas como todas as soluções não é perfeito. Como também já entendemos, pelos preços do trigo nos últimos dias que esta não é uma solução económica, 2008 é já um ano com enormes aumentos nos preços dos bens alimentares, e não é só no pão ou só em Portugal, leite, queijo, cereais atingem preços estranhamente elevados e que já levaram inclusive o governo francês a intervir para controlar minimamente os preços dos bens alimentares mais básicos.
Ao olharmos para todas estas soluções, que sucessivamente arranjamos para responder a todas as nossas necessidades, ficamos com a percepção que estamos a construir um sociedade autofágica que para responder às suas necessidades imediatas necessita de consumir mais e mais recursos, recursos sem fim que resolvendo uma parte dos problemas, criam outros, para os quais é preciso procurar uma outra resposta qualquer. Tudo isto pode soar demasiado filosófico, mas passa sobretudo por entranhar como nos tornámos irreversivelmente dependentes de crescimento económico, este tornou-se o companheiro essencial das sociedades ocidentais, um companheiro díficil de manter e de sustentar.
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008
E agora também são todos militantes de outros partidos?
Desta vez Maria de Lurdes Rodrigues não poderá usar o seu falacioso argumento que tanto gosta de usar, afirmando que o sentimento dos sindicatos não é o dos professores, nestas contestações têm se formado movimentos verdadeiramente independentes, movimentos que têm criado o seu espaço na blogosfera e têm mobilizado algumas das manifestações dos últimos dias. Mais que os professores é necessário que o país entenda o logro destas reformas, como já escrevi aqui no Terra de Ninguém, fazer Reformas não significa que as reformas sejam por si só boas mudanças. Sócrates chamou hoje, por erro Freudiano, a Maria de Lurdes Rodrigues a "Ministra da Avaliação" eu chamo-lhe a Ministra da má avaliação, porque, felizmente entre o modelo de avaliação dos professores que existe (que pode e deve ser mudado) e o modelo que se propõe, existem muitas outras soluções de bom senso que não colocam critérios de avaliação a girar, em grande parte, em torno de notas de alunos. Sim porque para o Ministério o aluno tem má nota porque o professor é apenas o mau da fita!
terça-feira, 26 de fevereiro de 2008
Lisboa: a capital velha de um país com demasiadas crianças pobres
Um país que tem 20% de crianças pobres só pode dizer que teve um crescimento social zero nos últimos anos. Como país poderíamos pensar que a melhor forma, a longo prazo, de tirar toda esta gente da pobreza era dar-lhe educação, educação séria, dar a estas crianças as ferramentas para saírem da miséria, para verdadeiramente saírem do fundo da pirâmide. Mas não, a Educação do sucesso que tanto se apregoa é a educação da falsa inclusão, dando-lhes o 9ª ou o 12ª ano à pressa. Este é o sistema que cria ilusões, ilusões a miúdos que assim jamais poderão sair do risco de pobreza em que já se encontram.Lisboa parece ser a metáfora deste país, a cidade dos velhos e do outro lado dos mais endinheirados que podem pagar o metro quadrado no centro da cidade. Não é difícil adivinhar que Lisboa está velha, basta abrir os olhos. Ontem enquanto caminhava em Campo de Ourique de manhã contava pelos dedos de uma mão o número de pessoas aparentemente jovens que vi, o perfeito sinal de uma cidade que vai ficando abandonada. Como abandonados estão estes velhos, entregues a si próprios entregues à pobreza escondia, de rotinas agarradas aos tostões para sobreviver, não para viver verdadeiramente. Não, este não é um exagero, é a pura das verdades, por mais que custe a ouvir a um país que teima em ser desigual, injusto e pobre.
Os chassos com asas do Estado
Os portugueses já são, ou se não são deveriam ser, maduros democraticamente em relação a estas questões, se o Estado tem Falcons é porque são precisos para as deslocações dos membros do Estado, é óbvio! Como também é óbvio que convém que se desloquem em aviões em condições, não tanto pela suposta imagem que o país dá, mas por razões de segurança e até por necessidade, por exemplo durante os voos dos Falcon os telemóveis têm que estar desligados, fruto da tecnologia com mais de 20 anos!
Pena é que haja tanto pudor em discutir estes supostos luxos, que não passam de equipamentos necessários, e por seu lado não haja o mesmo pudor em relação aos boys que entopem o Estado, aos caciquismos típicos da nossa portugalidade, ou aos verdadeiros casos de gastos injustificados do Estado. Infelizmente a classe política à portuguesa não discute o que convém ser discutido e arma-se em pudica com o que não deve.
A campanha a radicalizar-se!
Estamos a pouco mais de uma semana de se saber a decisão do lado democrata com as eleições no Ohio e Texas. É em plena campanha que ontem foi divulgada esta foto de Obama com trajes muçulmanos aumentado os boatos sobre a religião supostamente escondida do candidato. O tema é estrategicamente escolhido à porta de eleições para Estados mais conservadores e no meio de tudo Hillary tenta descartar a culpa pelo aparecimento desta foto. Contudo não há dúvida que o debate entre os democratas tem azedado nos últimos dias, o que pode levar a que mais uma vez o partido democrata cometa a asneira de gastar o seu tempo em lutas internas abrindo terreno para os Republicanos.
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008
Sarkozy chama idiota a quem não o cumprimenta!
Este novo episódio de chamar idiota a quem lhe havia recusado um cumprimento ainda alimenta mais a polémica em torno a figura Sarko!
domingo, 24 de fevereiro de 2008
Porque o mundo está a mudar!
"This is a stylization of a slideshow originally created by Karl Fisch, examining globalization and America’s future in the 21st century. It is designed to stand alone, without having to be presented in person. Enjoy! "
SlideShare Link, de jbrenman, 11 months ago
Javier Bardem em noite de Óscares
Javier Bardem candidata-se hoje a ser o primeiro actor de origem espanhola a vencer um Óscar na categoria de melhor actor secundário. Descobri o enorme talento de Bardem quando encarnou a personagem de Ramón Sampedro no já oscarizado filme de Alexandro Amenábar: Mar Adentro, uma extraordinária fita de 2004 em torno do universo do Galego que durante anos reclamou a eutanásia como um direito seu. O desempenho de Bardem é simplesmente brilhante, consegue dar corpo à personagem de Ramón sem se deixar apoderar por tantos dos clichés que já foram ditos em torno da eutanásia, um desempenho marcante para todos o que já viram este filme.
sábado, 23 de fevereiro de 2008
O País de Sócrates/Relatório da SEDES: dava um belo estudo comparativo
O relatório contudo não deixa de ser interessante até pela sua própria existência e pelo algum barulho que causou. Mais uma vez é um documento, como já havia acontecido no caso da CIP, que tem origem na “sociedade civil” que vem causar algum debate. Não há dúvida que os movimentos de cidadãos, mais ou menos independentes, caso de Manuel Alegre nas presidenciais ou o caso da SEDES são eles próprios a prova do que está escrito neste relatório divulgado na sexta feira. Há, de facto, uma maior desconfiança nos partidos, o que leva a que estas iniciativas fora da esfera partidária gerem mais discussão séria sobre o país do que meses de debates parlamentares e centenas de sound-bytes de Menezes, Portas, Sócrates.
Dados estes dois retratos tão díspares do país, talvez aproveitando a onda, poder-se-ia também pedir um qualquer estudo comparativo entre a visão de Sócrates e a visão da SEDES sobre este nosso Portugal!
Recordar é viver!
Já há algum tempo que tinha visto este vídeo, mas não resisto em colocá-lo aqui depois de há uns dias ter visto o já longínquo programa de 1994 “Raios e Coriscos” de Manuela Moura Guedes, que juntou Vasco Pulido valente, Zita Seabra (recém-zangada com o PCP), Herman José ou Paulo Portas, então um jovem director do Independente. A dado momento Portas diz esta pérola que é " geneticamente contra o poder" rematando afirmando que ser Ministro do Mar é "vago". Enfim, o passado é tramado!
A Câmara de bolsos rotos
Este é um caso significativo da forma como o Estado, neste caso as autarquias, paga e se relaciona com os privados. O pagamento dos serviços por parte da autarquia é feito como se tratasse do velhinho conceito do fiado nas merecerias, paga-se quando puder! O mal é que "o quando puder" da Câmara de Lisboa é demasiadamente tarde para muitas das empresas que trabalham com o município lisboeta, para muitos delas a Câmara é o principal cliente, o principal local de trabalho. E é também isto que é representativo em toda esta novela sem fim das contas de Lisboa. Na capital, como no resto do país, as empresas (desde as prestadoras de serviços às construtoras) também estão agarradas ao Estado e é este o seu grande comprador, no fundo vivemos em mercados pequenos, nos quais o peso do Estado central ou local continua a ser enorme.
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008
A campanha de Clinton não está assim tao doce!
Obama já tem quase mais 70 delegados que a ex primeira-dama, apesar desta continuar à frente nos muito influentes super delegados. As primárias do Ohio e Texas, no início de Março, são o teste de fogo, um teste de fogo que Hillary receia que possa ser o ponto final no seu sonho presidencial, ontem a candidata disse uma frase de sobrevivência mas que ninguém gostará de dizer nesta altura da campanha: "Esta campanha irá continuar", assim como continuará até à última o duelo entre os democratas Americanos.
Difícil perceber o porquê!
Feridas que tardam em sarar
terça-feira, 19 de fevereiro de 2008
Acabaram-se os discursos de 4 horas!
Sócrates sobre o país real que Santana anda à procura
Não deixa de ser interessante a resposta dada à criação de novos postos de trabalho. Ao ouvir aquela resposta ganhamos a sensação que fomos provavelmente nós que não entendemos a proposta de Sócrates nas últimas legislativas, o primeiro-ministro prometia 150 mil empregos, mas isso não contava com a população activa que entrou e que entretanto não arranjou emprego, como se fosse difícil prever que a população activa aumentasse! E daí a nossa brilhante taxa de desemprego de 7.9%.
A mudança precisa no Colégio Militar
Mas o problema do Colégio Militar é também o problema da instituição militar, hoje muitos olham para as forças armadas como o reformatório do país, o local para onde vão os meninos que não se sabem portar e muitos pais continuam a ver na disciplina militar a grande solução. Por seu lado não deixa de ser curioso ver os anúncios que as próprias forças armadas passam na televisão para cativar alunos, apresentam-se mais como um enorme parque de diversões, um grande campo de aventuras cheio de adrenalina. Todas estas situações, desde a forma como as forças armadas se promovem à forma como o Colégio Militar está organizado inferiorizam e não dignificam a instituição militar.
Posto tudo isto talvez fosse a altura de acabar com esta história dos tradicionalismos intocáveis, e entre outras coisas, discutir o futuro do Colégio Militar como instituição que não é uma mera disciplina cega e hierarquizada, mas sim um instituição que devia ser muito diferente e melhor do que é, onde jamais deveriam ser impostas condutas militares a meros miúdos!
A reportaem ainda não está disponível no sapo mas pode ser vista por trechos neste sítio do you tube
domingo, 17 de fevereiro de 2008
Afinal o Estado não é assim tão dispensável.
De facto tudo isto não deixa de ser curioso numa economia que se apregoa de liberal e capitalista. Em tempos de crescimento económico muitos são os que gostam diminuir o papel do Estado na economia, querendo que este seja um mero apêndice na tal economia de "iniciativa privada". Mas quando a iniciativa privada se esfuma no meio da crise parece que todos reclamam por alguém e esse alguém, o Estado, lá acaba por aparecer como salvador dos postos de trabalho e dos depósitos dos clientes que ficaram à maré dá má administração destes bancos. Como dizia Bill Clinton: "É a Economia, estúpido"
O Inglês de Sócrates no seu melhor!
sábado, 16 de fevereiro de 2008
Nunca é tarde!
Simplificando é isto que cada candidato tem que fazer!
Filme Brasileiro ganha Urso de Ouro em Berlim
O Filme de José Padilha, Tropa de Elite, venceu o Urso de Ouro em Berlim, mais uma vez o cinema Brasileiro é consagrado com uma narrativa em trono da realidade das favelas brasileiras. Apesar de diferente do também muito apreciado Cidade de Deus, também este filme gira em torno da temática, sempre com primas novos a descobrir, das favelas das grandes cidades do Brasil.
O Paradigma de um país de que não se sabe reformar
De facto fazemos reformas como se de lutas de aldeia se tratassem, discutem-se reformas como se o mundo fosse a preto e branco e de um lado estivessem os invariavelmente bons e do outro os invariavelmente maus. Mais grave do que tudo ganhou-se no país a falsa noção que qualquer Reforma é boa, que qualquer mudança é melhor do que nada fazer. Oiço muitos, tantas vezes sem entender, ou sequer compreender os meandros dos sectores que falam, elogiarem Reformas da Educação ou da Saúde, apenas porque mudam o que está, sem avaliarem se a mudança será para melhor ou para pior.
Somos um país demasiado resignado com o que nos põem à frente e muitos engolem em seco as mudanças. Os sindicatos, tantas vezes excessivamente partidarizados, e os trabalhadores que contestam são encarados como as ovelhas negras, sendo logo rotelados como os que nada querem de diferente (e com isto não nego que em todo o lado há bons e muito maus trabalhadores). Por sua vez, Luís Amado, Ministro dos Negócios Estrangeiros disse na sua entrevista à Visão desta semana: "Quando se pretende reformar, a tensão tem de existir, porque senão, não há mudança", é a perspectiva que hoje em dia as pessoas continuam a ser umas criancinhas e têm que vir uns salvadores auto-apelidados de corajosos aplicar-lhe reformas que por muito que tentem não compreendem.
Passadas tantas reformas feitas sobre este paradigma, pouco mudou, até o paradigma que, infelizmente, continua a ser o mesmo.
quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008
Pela Liberdade de Expressão!
É inquestionável que há um diálogo com o Mundo árabe e islâmico que é necessário fazer, mas abdicar dos princípios que sempre nos guiaram é partir de um pressuposto errado, e nunca permitirá construir verdadeiras e sólidas pontes com culturas que são invariavelmente diferentes.
Os Sauditas não embarcam na história do São Valentim.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
Afinal é tão fácil dizer: "We say sorry"
Kevin Rudd, o novo primeiro-ministo trabalhista da Austrália, pediu desculpa às milhares de famílias aborígenes que durante tanto tempo sofreram com as leis e acções dos australianos brancos que retiraram tantas crianças das suas famílias natais trazendo-as aos milhares para instituições onde tantas vezes estas crianças foram maltratadas.
Sobre o pedido de desculpas do governo australiano recomendo o post escrito por Ana Gomes no Causa Nossa
Maus hábitos de um passado que já devia ser distante
O sindicalista participou num protesto em solidariedade com os trabalhadores da fábrica A. Pereira da Costa. Em Janeiro de 2005, os trabalhadores da fábrica, que tinham salários em atraso, decidiram tentar falar com o gestor judicial da empresa em processo de falência. O liquidatário mostrava pouca disponibilidade para a função, porque a acumulava com outras tarefas profissionais. Mas cerca de uma centena e meia de trabalhadores procurou-o na empresa onde trabalhava. Na qualidade de sindicalista João Serpa foi solidário com os colegas. Perante a presença da polícia, a concentração decorreu de forma tranquila muito embora não tenham conseguido falar com o gestor judicial. João Serpa foi identificado pela PSP, ainda prestou declarações na polícia passado um mês mas só três anos depois é que voltou a ouvir falar do caso, desta vez já na barra do Tribunal de Oeiras." SIC ONLINE
Quem está a votar em Obama?
Mas Obama está a viver o seu grade momento e começa a conseguir capitalizar muito do eleitorado que era dado do lado de Cliton. Ontem as primárias no Maryland, Washington DC e Virginia foram mais uma prova disso: Obama ganha no eleitorado feminino (60% na Virginia e maryland), no eleitorado negro (quase 90% em alguns Estados), consegue dividir o eleitorado branco com Clinton e ganhou no Maryland e na Virginia um dos grandes trufos eleitorais de Clinton: os Latinos.
É com esta base elitoral mais sólida que nunca que Obama espera conservar e aumentar a ligeira vantagem de delgados que agora ganhou à Sra. Clinton.
terça-feira, 12 de fevereiro de 2008
Timor: que futuro?
A Formação profissonal na futebolândia que é Portugal
Agradeço à Isabel Freitas por me ter enviando hoje esta pérola da nossa formação profissional. Ontem escrevia no Terra de Ninguém que o facilistismo na Educação tinha atingido o seu grau absoluto. Parece que o centro de formação profissional da Guarda segue esta nova máxima educativa e criou, o que imagino concorrido, Curso de Jogador de Futebol que dá nada mais nada menos que a equivalência ao 9º ano. Estudar equações em Matemática, Camões ou Gil Vicente em Português passou a ser desnecessário, tudo isto deu lugar a actividades ditas educativas como: "utilizar a imagem pública na construção da carreira e do êxito pessoal, na divulgação da equipa e do clube que representa". Aliás proponho já um professor para este curso, o sabichão português do futebol e comentador da SIC Notícias: Rui Santos.
segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
Educação de rastos na última semana.
Obama e Cliton: A diferença é agora nenhuma
domingo, 10 de fevereiro de 2008
Barack e Clinton mais encostados que nunca
Do lado Republicano McCain é sem dúvida o candidato óbvio, mas contudo é ao mesmo tempo o candidato que não é querido por muito do seu partido, o candidato que não gosta de Bush e o candidato que tem agora que puxar dos seus galões conservadores, e não são muitos, para agradar à facção conservadora ferrenha do partido Republicano. E de facto foi esta desconfiança de muitos face a McCain, não o considerando suficientemente Conservador, aliada aquela sensação de que McCain já lá está que deu ontem a Huckabee, o candidato que parece não querer sair da corrida, vitórias significativas em estados como o Kansas e o Luisiana. São mais ingredientes para uma das mais disputadas campanhas de sempre, que está a chamar os Americanos às urnas num país habituado a brutais níveis de abstenção.
Uma péssima ideia!
Pode usar-se o argumento que o investimento nãos seria muito, pois o estádios já estão construídos, contudo importa lembrar que o tal Mundial a ser organizado, e espero que não o seja, seria daqui a dez anos, e em dez anos os estádios existentes desgastam-se e então aí lá apareceriam os fanáticos do futebol a pedir umas obrazitas para os seus palcos desportivos.
Provavelmente o mundo do futebol português ainda não interiorizou que Portugal não é a futebolândia e que não precisamos de mais uma mega-evento que venha em versão de logro servido em forma de pastilhas de entusiasmo, peseudo-patriotismo e histeria colectiva que demora uns meses e depois acaba. O mal é que o entusiasmo vai e fica a factura para pagar e o balanço e contas para fazer.
sábado, 9 de fevereiro de 2008
Bill Clinton e o humor da publicidade!
Anuncio a uma companhia de suguros que acabou por ser proibido em 2006
sexta-feira, 8 de fevereiro de 2008
“Esta imagem mostra um homem exausto. E uma nação exausta”
Restantes fotos vencedoras do concurso deste ano
Voos da CIA: Outro dos tais “avanços civilizacionais” de Sócrates
Durão Barroso Nobel da paz? E já agora o resto dos líderes da cimeira dos Açores
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2008
Idade: a Cruz dos tempos Modernos
No fundo Van Zeller é mais um exemplo do país anacrónico que temos. Por um lado ouvem-se rasgados elogios há nossa esperança média de vida, mas por cima deste discurso de circunstância vem o discurso que saúde cara porque tem que tratar dos velhos, dos trabalhadores de meia-idade que são dispensáveis, do sistema de segurança social que não resiste a tantos anos de vida. é os novos tempos do mercado estuda-se até aos 30, trabalha-se até aos 50 e depois o trabalhador torna-se descartável, é o egoísmo no seu melhor!
terça-feira, 5 de fevereiro de 2008
A avó queniana de Obama
Super Terça Feira nos Estados Unidos
Do lado Democrata a decisão pode não estar tomada hoje, o empate entre Obama e Clinton parece ser um cenário em aberto. Em certos grandes Estados como a Califórnia a proximidade entre os dois é demasiado evidente para prever vencedores. A decisão democrata poderá mesmo ficar adiada para as próximas primárias. Não esquecer que nestas eleições primárias os eleitores escolhem delegados, delegados esses que por sua vez irão eleger os candidatos dos respectivos partidos, por isso só mesmo nas últimas eleições poderá ser possível ter a certeza de qual dos candidatos democratas, Barack ou Hillary, terá maior numero de delegados ao congresso. Até lá, como hoje já ouvi esta é uma das mais aguardadas e expectantes Super Terças-feiras de sempre.
segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008
Carlos do Carmo ganha prémio Goya do cinema espanhol
O esplendor do Carnaval à portuguesa
Até na época de carnaval é díficil entender certos hábitos desta nossa portugalidade: durante todo o ano os homens portugueses gostam de cultivar aquele seu ar machão. Chegamos ao carnaval e há uma invasão de homens vestidos de mulher nos desfiles carnavalescos, de gosto duvidoso diga-se. Vá-se lá entender isto!
É acima de tudo jornalismo
Se estivéssemos num país como os Estados Unidos já saberíamos de alto a baixo a vida e o passado de Sócrates, a mim não me interessa nada saber da sua vida privada , só a ele essa esfera da sua vida pertence, quanto à sua actividade pública é importante saber se em todos os momentos Sócrates foi idóneo, pois também assim poderemos aferir a moralidade do primeiro-ministro no cargo que ocupa.
domingo, 3 de fevereiro de 2008
O ensino artístico chutado para um canto!
Que queridos que eles estavam no debate!
Correia de Campos: de Besta a Bestial
Correia de Campos, pela voz de muitos é agora elevado a um grande ministro e que apenas tinha que sair pela sua inabilidade em comunicar as suas políticas. Interessante ouvir tantas vozes a levantarem-se defendendo Correia de Campos, pena para o ex-ministro que estas vozes não tenham aparecido mais cedo e que só agora se façam ouvir. Não ponho em causa a bondade pessoal de Correia de Campos nas suas políticas, mas a boa fé do antigo ministro não faz com que passe a concordar com as suas decisões. Uma das vozes que se ouviu contra a saída do ministro da saúde foi a de Silva Lopes que numa recente entrevista ao Negocias da Semana da SIC Notícias afirmou que a Saúde deveria ser e cito “raccionada”, para Silva Lopes as técnicas e os exames de diagnóstico que apareceram nos últimos anos não são um benefício, são dramas financeiros e para fazer face a tudo isto José Silva Lopes propõe que cada médico deveria ter um orçamento e geria esse orçamento consoante os doentes. É o Estado Social no seu ponto zero, na sua versão mais esvaziada. A solução de Silva Lopes pode levar facilmente a situações em que um médico, com falta de orçamento, perante dois doentes que precisam, por exemplo de uma TAC, deverá escolher a qual realizará o exame. Ao doente que não realizar o exame adequado, o médico terá que por dons especiais de adivinhação fazer o diagnóstico do seu paciente. Silva Lopes afirma ainda que acha que os serviços de saúde que foram fechados eram uma “comodidade” ou seja e entenda-se para o ex-governador do Banco de Portugal a saúde e a sua proximidade são acima de tudo um luxo e não um direito. Silva Lopes gostava de um SNS que fosse apenas medido pela bitola dos números, as pessoas seriam um género de um apêndice, os doentes uns gastadores inveterados. O problema é que ao contrário dos exames, as maleitas dos doentes que enchem o SNS não são racionáveis e ninguém as pode fazer desaparecer. Mas Silva Lopes como muitos outros que fazem este discurso deveriam entender que o verdadeiro debate que falta fazer em Portugal prende-se com o tipo de Estado que queremos e nesse tal modelo de Estado acredito que os Portugueses em troca da carga fiscal que sobre eles pesa pedem apenas duas garantias essenciais: Educação e Saúde, e muitas vezes estas garantias parecem tudo menos seguras. Mais gostava que Silva Lopes fizesse as contas de quanto custa ao país deixar ao abandono o interior do país, mas essas contas ainda ninguém se lembrou de fazer!
sábado, 2 de fevereiro de 2008
Parece que o Eliseu já tem uma nova primeira-dama!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008
A pérola arquitectónica da Era Sócrates
O animal feroz do continente conseguiu domar Jardim?
Regicídio: passaram 100 anos
Ontem passaram 117 anos sobre a primeira revolta republicana no Porto. Embalados pelo ultimato inglês e pelos gritos de revolta que este gerou, os republicanos aproveitam a oportunidade e tentam implementar pela primeira vez o novo regime, falham, são presos, julgados em conselho de guerra e deportados. Sobre a revolta do 31 de Janeiro recomendo os excelentes post no Blasfémias.
Hoje afirma-se que a república dificilmente teria chegado devido aos seus residuais 7% de votos, uma percentagem de votação que se encontrava sobretudo nas cidades. Mas o facto é que não nos esqueçamos que só os alfabetos é que votavam, uma minoria portanto, afastando muitos do acto eleitoral e devemos ainda lembrar-nos que o centro do país era verdadeiramente em Lisboa, foi aqui que a Monarquia concentrava os seus actos, foi aqui que a Republica se proclamou e então só depois foi comunicada ao resto do país. Este era o país de então, ao camponês típico do campo, pouco interessaria da rotatividade dos governos reais ou os discursos inflamados nas cortes
O Regicídio foi um acto altamente condenável, mas será exagerado e arriscado afirmar que foi o Regicídio que matou definitivamente a Monarquia, pode ter acelarado a sua morte, mas este fim há muito se desenhava.