quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

E agora também são todos militantes de outros partidos?

Quando Sócrates teve o “incómodo” de levar com uns professores a manifestarem-se à porta do PS, coisa que o nosso o nosso primeiro-ministro não gosta, nem à porta do PS nem em sítio nenhum, a primeira reacção que ouvimos de Sócrates foi que aqueles tratavam-se de militantes de outros partidos. No entanto ninguém poderá dizer que os milhares de professores que saíram à rua nos últimos dias são só e exclusivamente militantes de qualquer partido, pelo contrário estão nestes encontros milhares de professores, alguns deles como ontem diziam nas manifestações que nunca tinham saído à rua para protestarem. Numa profissão tantas vezes acusada de não se saber unir, esta é a prova que o descontentamento existe de facto e não é exclusivo de nenhum grupo específico de professores. Nos últimos dias os números de professores nas manifestações tem sido expressivos, e não vale a pena dizer o contrário, ontem à noite em Coimbra, num dia de semana, saíram há rua 2500 professores. Será que Sócrates tem a lata de dizer que são todos militantes do PC? Hoje Guarda e Viseu tiveram outras duas manifestações de docentes, tudo a juntar a juntar às concentrações do fim-de-semana em Leiria ou no Porto.
Desta vez Maria de Lurdes Rodrigues não poderá usar o seu falacioso argumento que tanto gosta de usar, afirmando que o sentimento dos sindicatos não é o dos professores, nestas contestações têm se formado movimentos verdadeiramente independentes, movimentos que têm criado o seu espaço na blogosfera e têm mobilizado algumas das manifestações dos últimos dias. Mais que os professores é necessário que o país entenda o logro destas reformas, como já escrevi aqui no Terra de Ninguém, fazer Reformas não significa que as reformas sejam por si só boas mudanças. Sócrates chamou hoje, por erro Freudiano, a Maria de Lurdes Rodrigues a "Ministra da Avaliação" eu chamo-lhe a Ministra da má avaliação, porque, felizmente entre o modelo de avaliação dos professores que existe (que pode e deve ser mudado) e o modelo que se propõe, existem muitas outras soluções de bom senso que não colocam critérios de avaliação a girar, em grande parte, em torno de notas de alunos. Sim porque para o Ministério o aluno tem má nota porque o professor é apenas o mau da fita!

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