Alguém que tenha aterrado em Portugal nesta última semana, sabendo pouco da realidade do país, mas que mesmo assim tenha tentado informa-se sobre o que por aqui se passa sentir-se-á, no mínimo, confuso. Na última semana, acerca do país, tivemos opiniões para todos os gostos. Por seu lado Sócrates por três vezes, incluindo a entrevista, fez um bonito retrato do país que reduziu o défice, com a economia a crescer 1,9%, com uma taxa de desemprego a rondar os 8%, mas até isso é transformado numa vitória par Sócrates. Enfim o país que segundo o primeiro-ministro encaminha-se para o paraíso tecnológico! Por outro lado temos o relatório da SEDES, que alerta para uma crise social que pode chegar, uma “crise com contornos difíceis de prever” segundo o relatório, um relato enegrecido do futuro do país, em que os números de Sócrates pouco valem!
O relatório contudo não deixa de ser interessante até pela sua própria existência e pelo algum barulho que causou. Mais uma vez é um documento, como já havia acontecido no caso da CIP, que tem origem na “sociedade civil” que vem causar algum debate. Não há dúvida que os movimentos de cidadãos, mais ou menos independentes, caso de Manuel Alegre nas presidenciais ou o caso da SEDES são eles próprios a prova do que está escrito neste relatório divulgado na sexta feira. Há, de facto, uma maior desconfiança nos partidos, o que leva a que estas iniciativas fora da esfera partidária gerem mais discussão séria sobre o país do que meses de debates parlamentares e centenas de sound-bytes de Menezes, Portas, Sócrates.
Dados estes dois retratos tão díspares do país, talvez aproveitando a onda, poder-se-ia também pedir um qualquer estudo comparativo entre a visão de Sócrates e a visão da SEDES sobre este nosso Portugal!
O relatório contudo não deixa de ser interessante até pela sua própria existência e pelo algum barulho que causou. Mais uma vez é um documento, como já havia acontecido no caso da CIP, que tem origem na “sociedade civil” que vem causar algum debate. Não há dúvida que os movimentos de cidadãos, mais ou menos independentes, caso de Manuel Alegre nas presidenciais ou o caso da SEDES são eles próprios a prova do que está escrito neste relatório divulgado na sexta feira. Há, de facto, uma maior desconfiança nos partidos, o que leva a que estas iniciativas fora da esfera partidária gerem mais discussão séria sobre o país do que meses de debates parlamentares e centenas de sound-bytes de Menezes, Portas, Sócrates.
Dados estes dois retratos tão díspares do país, talvez aproveitando a onda, poder-se-ia também pedir um qualquer estudo comparativo entre a visão de Sócrates e a visão da SEDES sobre este nosso Portugal!
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