segunda-feira, 19 de maio de 2008

Aumentos e taxas a belo prazer

As Câmaras Municipais sofrem de uma dose aguda de Chico-espertismo. Ao que parece a Assembleia da República aprovou uma lei para acabar com a taxa sobre o aluguer dos contendores de água, que não passava mais que um duplo pagamento. Ora sem taxa, o que é que as câmaras fazem? Inventam uma taxa que basicamente é a mesma coisa, mas com outro nome. Para além de ser injustificada, ficamos a conhecer o belo exemplo que são as nossas câmaras, quando há uma lei de que não gostamos, ou que não nos dá jeito arranjamos esta simples solução: uma espécie de esquema meio manhoso para contornar a lei que outro órgão do Estado estabeleceu. Exemplar!
Mas falta de pruridos não é um exclusivo das câmaras, o país está aos poucos a habituar-se a que dia sim, dia não se resolva aumentar um ou dois cêntimos o preço dos combustíveis, há apenas um pequeno problema, onde está a razão para que tal aconteça? Antigamente o petróleo era mais barato e o euro muito mais fraco do que é hoje, por sua vez agora o petróleo é muito mais caro e em compensação o euro é muito mais forte, ou seja significa que nos últimos anos os preços petróleo em euros variaram muito menos que aquilo que se possa pensar. Mas esta está longe de ser uma crise igual às outras, antes as crises do petróleo eram epifenomenos, ou seja eram acontecimentos com impacto mas num breve período de tempo, agora o aumento dos combustíveis parece ter-se tornado regime, não é um acontecimento nem passageiro nem reversível, a crise do preço dos combustíveis passou de fenómeno a uma constante.

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