A geração do Maio de 68 ou a geração de 70 que lhe seguiu viveram o Estado Social, dele aproveitaram em pleno, o tal Estado Social que agora se quer mudar sem apresentar nada de convincente em troca. Mas é esta geração que ficou presa entre os que estavam antes de si e os que depois de si vieram. Lutaram, tentaram e muitas vezes conseguiram viver melhor que os seus pais, formaram as suas famílias, em muitos casos licenciaram as primeiras gerações e agora que é feito desta geração? 40 anos passados esta é a geração que ficou entre aqueles que sempre pouco tiveram e os outros que tantas vezes poucas perspectivas têm. São a geração que tem que tratar dos pais, já velhos, a quem o Estado Social nunca conseguiu responder plenamente, sem reformas que os sustentem, sem local para onde possam ir; mas são também a geração que tem que sustentar os filhos até muito mais tarde do que pensariam que iria acontecer. Os filhos pouco se arriscam, ou por sua vez pouco podem arriscar sair de casa para sozinhos viverem, pois de casa dos pais provavelmente já só sairão para com outro alguém viver.
Já aqui uma vez escrevi que este país não é para a velhos, de facto não é não é nem para velhos nem para jovens solteiros, e como não é para uns nem para outros sobram os que a meio ficam e a quem cabe o papel de segurar as outras duas pontas. Não será isto sinal de retrocesso?
Já aqui uma vez escrevi que este país não é para a velhos, de facto não é não é nem para velhos nem para jovens solteiros, e como não é para uns nem para outros sobram os que a meio ficam e a quem cabe o papel de segurar as outras duas pontas. Não será isto sinal de retrocesso?
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