quarta-feira, 7 de maio de 2008

Obama, o quase vencedor


Podia começar este texto com aquela frase: “Já está”, mas em eleições e sobretudo quando se trata de eleições entre democratas só mesmo no final para arriscar dizê-lo. Contudo podemos dizer que está quase a confirmação de Obama como candidato dos democratas às presidenciais, Hillary tinha que sonhar vencer por larga margem no Indiana e perder por pouco na Carolina do Norte, ainda pensei que tal podia acontecer com o embalo das vitórias no Ohio e Pensilvânia, mas não Barack perdeu por muito pouco no Indiana, sobretudo devido aos votos dos mais velhos que continuam a ir para Hillary, e ganhou por muitos na Carolina do Norte. Mas mais do que ganhar e olhando para os resultados Obama consolidou votos e mergulhou em novos eleitorados, para além de ter consolidado o voto negro, caso da Carolina do Norte onde Barack juntou mais de 90% dos votos dos negros. Hillary continuará na campanha, os Clintons nunca saem desfeitos, mesmo que tenha que ficar até ao fim, como li hoje Clinton inventará uma “magia política”, redefinirá o seu conceito de vitória e disputará as próximas seis primárias. Custa-me a acreditar que queira rumar como vice de Obama até à Casa branca, mas pode acontecer e só agregava votos dos mais velhos e das classes mais baixas até aos democratas.
A onda Obama renasceu, mesmo o receio que poderia haver superdelegados que acabariam por virar o voto para Clinton parece agora menos forte, e os grandes senhores do partido democrático não se sentem capaz de ir contra o voto dos delegados eleitos, pode ser que o partido compreenda os maus resultados que as divisões do passado trouxeram

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