terça-feira, 6 de maio de 2008

Tristes números

Há números que chocam, dados e estudos que nos põem a pensar em que raio de país em que aterrámos onde parece que nada se aprende e onde tanto continua por entranhar.
O ano vai ainda no inicio e ontem descobrimos que nos três primeiros meses do ano 17 mulheres morreram em Portugal vítimas de violência doméstica, ou seja praticamente duas mulheres morreram por semana vítimas dos maridos ou dos acompanhantes que lhes ditam este triste fim. Segundo a UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), que divulgou estes dados, para além das 17 que morreram houve mais onze que foram alvos de tentativas de homicídio na sequência do mesmo tipo de episódios. Esta é daquelas realidades que se pensa que está a mudar, que mudámos para melhor, que as cenas do marido bêbado a chegar a casa e a despejar a maluqueira na mulher já desapareceram, mas não, infelizmente continuam escondidas e assustadoras.
Hoje tivemos a segunda revelação preocupante, um estudo coordenado, entre outros, por Villaverde Cabral mostra que muitos portugueses gostam do risco, tal como na estrada, no sexo os portugueses preferem a fé à razão. Só isso explica o facto de quase 60% dos portugueses inquiridos afirmarem que não usaram preservativo na 1º relação com o parceiro mais recente, sendo que entre os menos escolarizados mais de 50% afirma que nunca lhe ocorreu usar tal coisa. A isto juntemos ainda o facto de 52% dos portugueses afirmar que nunca se lembrou de fazer uma análise ao sangue para realizar o teste do HIV. Neste caso já não acredito que seja falta de informação, as televisões estão empestadas de anúncios, na escola pode não haver Educação sexual, mas o assunto é falado, é difícil passar ao lado destas recomendações. Por isso estamos a lidar mais no campo da estupidez, o Chico espertismo português a vir ao de cima.
Eu que nem gosto destes comentários a qualificar todos pela mesma bitola, neste momento só me ocorre dizer que há coisas em que continuamos, e não existe outra expressão, muito broncos.

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