O CDS apresentou hoje na Assembleia uma proposta que passa por dar aos pais a possibilidade de escolherem entre a escola pública e privada, sendo que em ambos os casos o Estado financiaria essa escolha. É difícil encontrar uma pior forma de contornar os problemas da Educação e não o digo por preconceito ou por especial mania, mas privatizar a Educação, que de facto é isso que se trata, está muito longe de ser a melhor forma para atingir melhores resultados.
Para sustentar o projecto o CDS abana o argumento do poder de escolha dos pais, o que não é mais do que alimentar a falácia: a que a escola privada é inatamente melhor que a escola pública, talvez baseados no facto de serem colégios privados a liderar os rankings. Redonda mentira, algumas escolas privadas têm melhores resultados porque simplesmente têm populações escolares altamente mais favoráveis e dispostas a lá estar verdadeiramente para aprender, do que populações escolares de algumas escolas públicas pouco dadas até a pôr lá os pés. Agora não vale a pena criar a ilusão que os professores num lado e de outro são diferentes, porque não são, tiraram todos os cursos nos mesmos sítios, não há técnicas pedagógicas especiais dos professores do privado e outras do público. Aliás nós falamos só das escolas privadas de topo porque também era bom olharmos para os rankings e ver que bem no fundo da tabela o que não faltam são escolas privadas de todo o género.
Outro argumento usado pelo CDS passa por afirmar que os pais devem escolher a escola que transmitirá valores aos seus filhos. Ora aqui está um segundo erro, ao contrário do que Portas pensa a escola pode e deve transmitir valores de respeito, compreensão e convivência, mas esta existe sobretudo para passar aprendizagens e conhecimentos. E isso ou uma escola faz bem ou faz mal, e não faltam escolas púbicas e escolas privadas que o façam bem e que o façam mal. De facto, o dinheiro que se iria pagar aos privados seria melhor gasto em investir verdadeiramente no Público que existe, com professores capazes, com potencial para sequer pensar em lhe fechar as portas. Dava mais trabalho, mas seria o mais justo.
Mas admitamos que a Escola Pública tem de facto problemas graves, que estas políticas são um enorme disparate, porque são, qual é a solução de Portas? Ignorar os problemas, passar ao lado, entregar a obrigação aos privados e esquecer que existe uma Escola pública a manter. Se esta medida fosse para a frente o CDS estava era a criar uma ainda maior problema ao Estado, porque simplesmente muitos privados não estariam para aturar os casos mais graves de indisciplina e fraca aprendizagem, ou seja o Estado tratava destes, ficava com a batata quente e os outros com o resto. Isto sim é desistir da escola.
Para sustentar o projecto o CDS abana o argumento do poder de escolha dos pais, o que não é mais do que alimentar a falácia: a que a escola privada é inatamente melhor que a escola pública, talvez baseados no facto de serem colégios privados a liderar os rankings. Redonda mentira, algumas escolas privadas têm melhores resultados porque simplesmente têm populações escolares altamente mais favoráveis e dispostas a lá estar verdadeiramente para aprender, do que populações escolares de algumas escolas públicas pouco dadas até a pôr lá os pés. Agora não vale a pena criar a ilusão que os professores num lado e de outro são diferentes, porque não são, tiraram todos os cursos nos mesmos sítios, não há técnicas pedagógicas especiais dos professores do privado e outras do público. Aliás nós falamos só das escolas privadas de topo porque também era bom olharmos para os rankings e ver que bem no fundo da tabela o que não faltam são escolas privadas de todo o género.
Outro argumento usado pelo CDS passa por afirmar que os pais devem escolher a escola que transmitirá valores aos seus filhos. Ora aqui está um segundo erro, ao contrário do que Portas pensa a escola pode e deve transmitir valores de respeito, compreensão e convivência, mas esta existe sobretudo para passar aprendizagens e conhecimentos. E isso ou uma escola faz bem ou faz mal, e não faltam escolas púbicas e escolas privadas que o façam bem e que o façam mal. De facto, o dinheiro que se iria pagar aos privados seria melhor gasto em investir verdadeiramente no Público que existe, com professores capazes, com potencial para sequer pensar em lhe fechar as portas. Dava mais trabalho, mas seria o mais justo.
Mas admitamos que a Escola Pública tem de facto problemas graves, que estas políticas são um enorme disparate, porque são, qual é a solução de Portas? Ignorar os problemas, passar ao lado, entregar a obrigação aos privados e esquecer que existe uma Escola pública a manter. Se esta medida fosse para a frente o CDS estava era a criar uma ainda maior problema ao Estado, porque simplesmente muitos privados não estariam para aturar os casos mais graves de indisciplina e fraca aprendizagem, ou seja o Estado tratava destes, ficava com a batata quente e os outros com o resto. Isto sim é desistir da escola.
Mas como foi dito no debate esta discussão sobre os cheques ensino e privatização vai começar a existir, tudo graças a uma política de tornar a Escola Pública o lugarzinho de todos os facilitismos, onde tudo vale e onde só números e percentagens estão no horizonte. Esta é a escola de Maria de Lurdes Rodrigues e se daqui a uns anos se der a privatização do ensino já sabemos a quem pedir as responsabilidades.
Sem comentários:
Enviar um comentário