Ontem no debate para a liderança do PSD Ferreira Leite e Passos Coelho revelaram todo o seu grande pensamento para a saúde e que passa basicamente por fazer desaparecer com o vento a universalidade do sistema e a sua gratuitidade. Ou seja acabar com o Sistema Nacional de Saúde.
Ferreira Leite diz que não tem uma visão divisionista do partido, mas em compensação não lhe falta a visão divisionista em relação ao país, uma perspectiva em que o Estado antes de ser o Estado dos Portugueses passa a ser o Estado para os mais pobres dos Portugueses, os outros se quiserem ter cuidados de saúde pagam-nos. É a visão do Estado apenas para alguns, não o Estado que une em torno de um serviço de qualidade gratuito, mas o Estado que diferencia e que depois chuta a bola para os privados. Se é esta a visão para a saúde apetece perguntar se tal acontecer para que é que pagamos impostos? É a subversão completa da ligação ao Estado, pagamos impostos à espera de algo que esteja lá em caso de necessitarmos, não para que ainda tenhamos que pagar mais para termos direito a serviços básicos. Se alguma vez tal acontecer aí sim bem se pode decretar ainda mais o divórcio entre a classe média e os serviços públicos, para além de como é habitual ninguém se inibirá de considerar ricos e prontos a pagar muitos daqueles que estão longe da riqueza, na linha das taxas moderadoras que são pagas por quem tem um vencimento mensal que ronda essa riqueza que são 500€.
Passos Coelho vai atrás de Ferreira Leite, já que o novo apregoador do Liberalismo diz que vai inverter o Estado de alto a baixo, sem explicar muito bem como é que o faz, é um repetidor de chavões e que também criou aquela noção que tudo o que vai do Estado é mau.
Destes dois candidatos ao retrato na galeria de presidentes do PSD podíamos esperar um plano para o SNS, uma ideia sobre como garantir o sistema mantendo o seu princípio de acessibilidade, mas parece que não. O engraçado é que esta semana foram revelados os níveis de desigualdade e quem está no topo? Os países nórdicos, onde parece-me que o serviços são bem mais estimados que por cá, que por sua vez é o local mais desigual de toda a União europeia.
Ferreira Leite diz que não tem uma visão divisionista do partido, mas em compensação não lhe falta a visão divisionista em relação ao país, uma perspectiva em que o Estado antes de ser o Estado dos Portugueses passa a ser o Estado para os mais pobres dos Portugueses, os outros se quiserem ter cuidados de saúde pagam-nos. É a visão do Estado apenas para alguns, não o Estado que une em torno de um serviço de qualidade gratuito, mas o Estado que diferencia e que depois chuta a bola para os privados. Se é esta a visão para a saúde apetece perguntar se tal acontecer para que é que pagamos impostos? É a subversão completa da ligação ao Estado, pagamos impostos à espera de algo que esteja lá em caso de necessitarmos, não para que ainda tenhamos que pagar mais para termos direito a serviços básicos. Se alguma vez tal acontecer aí sim bem se pode decretar ainda mais o divórcio entre a classe média e os serviços públicos, para além de como é habitual ninguém se inibirá de considerar ricos e prontos a pagar muitos daqueles que estão longe da riqueza, na linha das taxas moderadoras que são pagas por quem tem um vencimento mensal que ronda essa riqueza que são 500€.
Passos Coelho vai atrás de Ferreira Leite, já que o novo apregoador do Liberalismo diz que vai inverter o Estado de alto a baixo, sem explicar muito bem como é que o faz, é um repetidor de chavões e que também criou aquela noção que tudo o que vai do Estado é mau.
Destes dois candidatos ao retrato na galeria de presidentes do PSD podíamos esperar um plano para o SNS, uma ideia sobre como garantir o sistema mantendo o seu princípio de acessibilidade, mas parece que não. O engraçado é que esta semana foram revelados os níveis de desigualdade e quem está no topo? Os países nórdicos, onde parece-me que o serviços são bem mais estimados que por cá, que por sua vez é o local mais desigual de toda a União europeia.
Sem comentários:
Enviar um comentário