Vitalino Canas, porta-voz do PS, está para o partido como Augusto Santos Silva, o Ministro dos Assuntos Parlamentares, está para o governo, cada vez que fazem alguma declaração é difícil espremer-lhe algum conteúdo político, alguma substância que realmente interesse a quem os ouve. São portanto dois auto-elogiadores natos que vão ocupando o seu tempo com umas frases a comentar as afirmações deste ou daquele partido.
O PS está há um mês a comemorar os três anos de governo e ontem voltou a fazê-lo na sede, sendo que Vitalino Canas nos ofereceu mais uma das suas substantivas frases afirmando que se fizerem “muitas coisas bem”, e por isso não se deve “perder tempo” com o que correu mal. A frase é de um bom senso questionável, Vitalino Canas poderia dizer que o governo fez coisas mal, mas não diz que o PS nem pensa nelas, é de um ego inchado sem nome, é de uma imodéstia assustadora e mais mostra a reverência do PS ao seu líder, uma reverência cega, Vitalino Canas parece daqueles meninos deslumbrados, caindo na negação e na racionalidade política.
O PS esquece-se de um pormenor, Sócrates um dia passará e terá que chegar alguém para o seu lugar, o PS não entende isto, meteu na cabeça que apoiar o governo é não discutir nada do que se passa no seu interior, no fundo tornar-se um partido que apenas vota favoravelmente as propostas governativas que lhe chegam ao parlamento. Só que o partido adormecido de agora pode ser um partido muito difícil de acordar quando chegar a altura de mudar de ciclo, mesmo que esse cenário ainda esteja longe.
O PS está há um mês a comemorar os três anos de governo e ontem voltou a fazê-lo na sede, sendo que Vitalino Canas nos ofereceu mais uma das suas substantivas frases afirmando que se fizerem “muitas coisas bem”, e por isso não se deve “perder tempo” com o que correu mal. A frase é de um bom senso questionável, Vitalino Canas poderia dizer que o governo fez coisas mal, mas não diz que o PS nem pensa nelas, é de um ego inchado sem nome, é de uma imodéstia assustadora e mais mostra a reverência do PS ao seu líder, uma reverência cega, Vitalino Canas parece daqueles meninos deslumbrados, caindo na negação e na racionalidade política.
O PS esquece-se de um pormenor, Sócrates um dia passará e terá que chegar alguém para o seu lugar, o PS não entende isto, meteu na cabeça que apoiar o governo é não discutir nada do que se passa no seu interior, no fundo tornar-se um partido que apenas vota favoravelmente as propostas governativas que lhe chegam ao parlamento. Só que o partido adormecido de agora pode ser um partido muito difícil de acordar quando chegar a altura de mudar de ciclo, mesmo que esse cenário ainda esteja longe.
Sem comentários:
Enviar um comentário