Já tinha visto uma referência a este cartaz no Zero Conduta, mas hoje vi pela primeira vez nas ruas de Lisboa estes cartazes sobre uma qualquer colecção que o Sábado e o Correio da Manhã lançaram sobre o Estado Novo. Uma coisa é explorar a figura de Salazar, deixar cair complexos em relação à sua vida privada ou abandonar algum receio em abordar a figura do ditador. Outra coisa bem diferente é torná-lo uma personagem neutral, do qual não se acha coisa nenhuma, como se a ditadura de 48 anos fosse uma passagem inconsequente do século XX Português. Ainda mais este é um slogan que por si já formula um juízo de valor, para a Sábado e o Correio da Manhã Salazar foi completamente indiferente, como se nada tivesse acontecido. Eu até entendo o objectivo do slogan, transmitir a ideia que a suposta colecção é uma visão imparcial sobre o ditador, mas tornar o Estado Novo banal desprovido de grandes considerações é por e simplesmente impossível!
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