O vídeo da professora agredida poderia, de facto, ser o selo que faltava para se falar verdadeiramente de educação, indo aos problemas de fundo e não repetindo meio dúzia de dogmas repetidamente ditos. Mas o vídeo da Carolina Michaelis está a tornar-se num enorme espectáculo mediático, em que o histerismo da aluna já foi passado até à náusea. A verdade também é que algum debate foi levantado, com alguns chavões como a palavra “eduquês”, agora descoberta por todos e repetida vezes e vezes sem conta. Apesar de por vezes ficar com a ideia que se criou a falsa noção que as escolas são todas rigues de boxe, o certo é que se questiona as pedagogias de algibeira que dominaram nos últimos anos a educação. Pode ser que desta vez se olhe não só para a quantidade de alunos no sistema (que não deixa de ser essencial para uma educação que se quer universal), mas sim e realmente para a qualidade do ensino que se pratica, porque como em tudo quantidade sem qualidade é igual a um tremendo disparate. Ficamos sempre com as frases dos saudosistas dos que gostavam da autoridade do tempo da outra senhora, continuamos com os pseudo especialistas em educação que emergiram na última semana, mas também ficamos com o mínimo debate em torno de um tema tantas vezes esquecido. Resta saber se o debate será como o vídeo, efémero! A propósito no meio disto tudo alguém sabe onde anda o ministério da educação? Perdidos em combate certamente!
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