É quase um lugar comum afirmar que hoje em dia a ideologia perdeu a relevância de outros tempos no debate político. Os debates ideológicos que Portugal ou a Europa viveram nos anos 60 e 70 desapareceram, deram lugar a as agendas governativas dominadas pelo pragmatismo, faz-se o que se acha que se tem que fazer, governa-se habitando muitas vezes o vácuo e o vazio ideológico. Em substituição do fervor ideológico doutros tempos criou-se o conceito da política e dos políticos que antes de serem têm sobretudo que parecer que são qualquer coisa, seja ela qual for.
Por altura do 3º aniversário da eleição do governo tivemos uma autêntica lição, dada por Sócrates e pelos seus amigos que lhe tratam da imagem, de como se cria o país do parecer, cheio de maior formação profissional, com um ímpeto reformista inabalável, independentemente do teor das reformas, no fundo o Portugal com esse primeiro-ministro corajoso, dedicado, o único capaz de se sacrificar pelo interesse do país. Como Pacheco Pereira e António Barreto diziam há umas largas semanas numa entrevista dada ao Expresso o velhinho António Ferro e os seus ajudantes do Secretariado de Propaganda Nacional eram uns autênticos “meninos de coro” comparados com estes fazedores da imagem de Sócrates e foram estes tais fazedores de momentos políticos que criaram aquela sessão de comemoração dos três anos de governo. O cenário era perfeito, o primeiro-ministro, os ministros, uma audiência simpática, um palco bonito ao olhar e uns tantos jovens das Novas Oportunidades e de mais outros programas do governo a explicarem o quanto gostaram de fazer parte destas iniciativas e para rematar Sócrates até citou Obama! Pena que as diferenças entre os dois sejam abissais!
É esta a política plastificada de hoje, não digo que precisamos de discutir as questões políticas como o fazíamos há 30 ou 40 anos, mas criámos sobretudo a política que vive do momento em que se profere o discurso ideal, o sound byte perfeito. E é estes momentos que se tem que criar em doses industriais, tudo para estar à tona de água e isso o marketing político tem sabido muitas vezes fazê-lo!
Por altura do 3º aniversário da eleição do governo tivemos uma autêntica lição, dada por Sócrates e pelos seus amigos que lhe tratam da imagem, de como se cria o país do parecer, cheio de maior formação profissional, com um ímpeto reformista inabalável, independentemente do teor das reformas, no fundo o Portugal com esse primeiro-ministro corajoso, dedicado, o único capaz de se sacrificar pelo interesse do país. Como Pacheco Pereira e António Barreto diziam há umas largas semanas numa entrevista dada ao Expresso o velhinho António Ferro e os seus ajudantes do Secretariado de Propaganda Nacional eram uns autênticos “meninos de coro” comparados com estes fazedores da imagem de Sócrates e foram estes tais fazedores de momentos políticos que criaram aquela sessão de comemoração dos três anos de governo. O cenário era perfeito, o primeiro-ministro, os ministros, uma audiência simpática, um palco bonito ao olhar e uns tantos jovens das Novas Oportunidades e de mais outros programas do governo a explicarem o quanto gostaram de fazer parte destas iniciativas e para rematar Sócrates até citou Obama! Pena que as diferenças entre os dois sejam abissais!
É esta a política plastificada de hoje, não digo que precisamos de discutir as questões políticas como o fazíamos há 30 ou 40 anos, mas criámos sobretudo a política que vive do momento em que se profere o discurso ideal, o sound byte perfeito. E é estes momentos que se tem que criar em doses industriais, tudo para estar à tona de água e isso o marketing político tem sabido muitas vezes fazê-lo!
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